São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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Mercadante sobe; Alckmin mantém 54%

Crescimento do petista não é suficiente para provocar segundo turno, porque se deu em cima de Russomanno

Candidato do PT chega a 20%, mas postulante do PP recua de 11% para 7%; tucano e petista crescem na espontânea


UIRÁ MACHADO
DE SÃO PAULO

Após o início do horário eleitoral gratuito na TV, o senador Aloizio Mercadante (PT), candidato ao governo de São Paulo, subiu quatro pontos e chegou a 20% das intenções de voto.
Geraldo Alckmin (PSDB) mantém os mesmos 54% que tinha na pesquisa anterior e venceria no primeiro turno se as eleições fossem hoje.
Segundo pesquisa Datafolha contratada pela Folha e pela Rede Globo e feita nos dias 23 e 24, Celso Russomanno (PP) perdeu quatro pontos e agora está com 7%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para cima ou para baixo.
Paulo Skaf (PSB) tem 3% (oscilou um ponto para cima). Os candidatos Fábio Feldmann (PV), Paulo Bufalo (PSOL) e Mancha (PSTU) aparecem com 1% das intenções de voto cada um. Anaí Caproni (PCO) e Igor Grabois (PCB) foram citados, mas não atingiram 1%.
Na simulação de um eventual segundo turno, Alckmin teria 62%, e Mercadante, 29%. No levantamento anterior (de 9 a 12 de agosto), o tucano aparecia com 65%, e o petista, com 25%.
Os dois candidatos cresceram significativamente nas respostas espontâneas (quando não são apresentados os nomes dos candidatos), o que sugere forte impacto da propaganda eleitoral na TV.
Nesse tipo de resposta, Alckmin é mencionado por 25% dos eleitores (era por 16% na pesquisa anterior), e Mercadante, por 11% (6% antes do horário eleitoral).
Alckmin consegue capitalizar a seu favor a maioria dos eleitores de José Serra (PSDB) em São Paulo e quase metade dos eleitores de Dilma Rousseff (PT) no Estado.
Entre os que dizem votar em Serra (PSDB) para presidente, 80% votam em Alckmin, 6% escolhem Russomanno e 5% se declaram eleitores de Mercadante no Estado de São Paulo.
Entre os eleitores de Dilma, 39% votam em Mercadante (eram de 31% no levantamento anterior) e outros 39% votam em Alckmin.

REJEIÇÃO
A rejeição aos candidatos manteve-se praticamente inalterada. Mancha lidera o ranking, com 27% de eleitores dizendo que não votariam nele de jeito nenhum. Mercadante é o segundo, com 3% de rejeição, e Alckmin é o sexto, com 17%.
O tucano é particularmente rejeitado (23%) pelos que têm renda familiar mensal de cinco a dez salários mínimos.
Mercadante é rejeitado por 29% dos eleitores com nível superior de escolaridade e por 32% dos mais ricos. A rejeição ao petista entre os mais jovens subiu de 18% para 27%.


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