São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2011

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PT contraria Planalto e articula substituto para Dutra

CATIA SEABRA
NÁDIA GUERLENDA CABRAL

DE BRASÍLIA

À revelia do governo, o comando do PT articulava ontem a adoção de um mandato-tampão para a sucessão do presidente do partido, José Eduardo Dutra (SE).
Licenciado do cargo por motivos de saúde, sua volta é considerada improvável por correligionários.
Pela proposta, o vice-presidente Rui Falcão permaneceria no cargo até setembro, quando haveria nova eleição no congresso do partido.
Apoiada por parte significativa do PT-SP -incluído o ex-ministro José Dirceu e o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza- a ideia seria discutida ontem à noite pelo comando do partido.
A fórmula contraria o Palácio do Planalto. À frente da sigla desde 22 de março, quando Dutra se licenciou após crise de hipertensão, Falcão protagonizou um dos momentos mais delicados da corrida presidencial.
Ele foi acusado de responsabilizar um grupo de inteligência da campanha de produção de dossiês contra adversários. Falcão nega.
"Esse é um problema superado", afirmou o secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi.
Além da oposição de integrantes do governo, a proposta desagrada a aliados do ex-presidente Lula, favoráveis à escolha do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), para a vaga. Costa também participaria ontem da reunião do PT.
Integrantes da cúpula petista também não participarão da reunião em que o Diretório Nacional deverá discutir o pedido de refiliação do ex-tesoureiro Delúbio Soares. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, é um dos que comunicaram ausência.
Os senadores Delcídio Amaral (MS) e Gleisi Hoffmann (PR) afirmaram que não irão. O ex-ministro Patrus Ananias disse que não sabia se estaria na votação.


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