São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2011

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Alckmin esvazia pasta entregue a aliado

DEM perde para tucanos programas e recursos destinados a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado

Formação profissional e bolsas para estudantes serão remanejadas para área que passará a ser dirigida pelo PSDB

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O DEM receberá das mãos do governador Geraldo Alckmin uma Secretaria de Desenvolvimento Social esvaziada. Projetos importantes e com grande volume de recursos serão redirecionados para outras pastas.
O comando da secretaria será dado ao deputado federal Rodrigo Garcia (DEM-SP) como parte do acordo para manter a aliança entre democratas e tucanos no Estado.
Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que comandava a pasta, passará a chefiar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e levará parte dos programas sociais que desenhou para o novo endereço.
O governo planejava desembolsar, por meio da pasta de Desenvolvimento Social, cerca de R$ 3 bilhões em programas sociais até 2014.
Os investimentos serão mantidos, mas os projetos serão executados por outras estruturas. Por enquanto, só é certo que permaneçam na secretaria que será comandada pelo DEM os programas Viva Leite e Bom Prato.
Todos os programas de formação profissional e bolsas universitárias, que antes seriam coordenados pela Ação Social, passarão para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
A ampliação da rede de creches, por exemplo, cuja previsão de gastos é de R$ 1 bilhão, será feita pela Secretaria de Educação.
Apesar da redistribuição, os programas serão lançados em pacote, que terá o nome "Mais Social", em maio.

DIRETÓRIO
A reorganização das cadeiras no Palácio dos Bandeirantes é resultado da tentativa de Alckmin de conter a crise iniciada pelo prefeito Gilberto Kassab, que deixará o DEM para criar um novo partido, o PSD, com o apoio do vice-governador Guilherme Afif Domingos.
Por ter seguido o caminho de Kassab, Afif perdeu o comando da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e foi isolado do governo.
Em outra frente que visa conter o PSD, alckmistas decidiram dar cargos na executiva municipal do PSDB a 5 dos 7 vereadores que permaneceram na sigla. A bancada, que inicialmente tinha 13 vereadores, perdeu seis membros nas últimas semanas, todos aliados de Kassab.


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