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Dilma leva apoio de Lula a Wagner na BA
Petista disse que presidente mandou recado ao governador para que não "deixasse de brigar" pela reeleição
Wagner, que comparou
candidata à religiosa
irmã Dulce, disputa com
o candidato do PMDB
ajuda lulista no Estado
RANIER BRAGON
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), recebeu
apoio do presidente Lula e da
candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que esteve ontem na convenção que
oficializou a candidatura de
Wagner à reeleição.
O governador disputa o
apoio lulista com o ex-ministro Geddel Vieira Lima
(PMDB), que se lançou oficialmente candidato na última segunda-feira, também
com a presença de Dilma.
Ontem, porém, a candidata do PT deu sinais de preferência por Wagner -embora
não tenha dito isso diretamente-, assim como Lula,
que "estrela" de viva voz o
jingle do petista.
Em entrevista antes da
convenção, Dilma evitou responder à pergunta sobre
qual candidato tinha sua preferência. Mas logo em seguida relatou que Lula mandou
um recado para Wagner: o de
que ele não "deixasse de brigar" para se reeleger governador da Bahia.
Já na convenção, Dilma e
Wagner ouviram o jingle em
que a cantora diz, em ritmo
de forró, que "Lula já deu o
recado: desse galego [apelido com o qual Lula chama o
governador] eu não abro
mão". Daí, surge uma gravação de Lula, que os assessores de Wagner disseram não
saber se foi encomendada ou
retirada de um evento antigo.
"Esse companheiro é irmão de fé. E acredito que o
povo baiano vai votar no Jaques Wagner para governar a
Bahia", diz a fala de Lula inserida na música.
Em discurso, Dilma disse
que ela e Wagner são irmãos
de alma. "Eu, você e Lula somos irmãos de alma, do mesmo projeto de transformação
da Bahia e do Brasil."
Lembrou a participação
dos dois na defesa do governo na crise do mensalão, em
2005, e, no final, emendou:
"Saibam que estou com vocês. Podem contar comigo".
O encontro do PT baiano
reuniu cerca de 3.000 pessoas no centro de convenções de Salvador.
Wagner cobriu Dilma de
elogios, afirmando que Lula
teve "olho clínico" ao escolhê-la. O governador a comparou ainda à religiosa irmã
Dulce e a Maria Quitéria, que
se destacou na luta pela Independência do Brasil.
Dilma não quis comentar a
crise em torno da escolha do
vice de José Serra (PSDB),
embora reservadamente integrantes de sua campanha
comemorem as divergências
entre PSDB e DEM.
"Cada campanha tem suas
características, a minha é
uma aliança", disse ela, que
também negou pensar em vitória no primeiro turno. Dilma era esperada na convenção do PT-DF, pela manhã,
mas não compareceu.
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