São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010

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Dilma leva apoio de Lula a Wagner na BA

Petista disse que presidente mandou recado ao governador para que não "deixasse de brigar" pela reeleição

Wagner, que comparou candidata à religiosa irmã Dulce, disputa com o candidato do PMDB ajuda lulista no Estado

RANIER BRAGON
ENVIADO ESPECIAL A SALVADOR

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), recebeu apoio do presidente Lula e da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que esteve ontem na convenção que oficializou a candidatura de Wagner à reeleição.
O governador disputa o apoio lulista com o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), que se lançou oficialmente candidato na última segunda-feira, também com a presença de Dilma.
Ontem, porém, a candidata do PT deu sinais de preferência por Wagner -embora não tenha dito isso diretamente-, assim como Lula, que "estrela" de viva voz o jingle do petista.
Em entrevista antes da convenção, Dilma evitou responder à pergunta sobre qual candidato tinha sua preferência. Mas logo em seguida relatou que Lula mandou um recado para Wagner: o de que ele não "deixasse de brigar" para se reeleger governador da Bahia.
Já na convenção, Dilma e Wagner ouviram o jingle em que a cantora diz, em ritmo de forró, que "Lula já deu o recado: desse galego [apelido com o qual Lula chama o governador] eu não abro mão". Daí, surge uma gravação de Lula, que os assessores de Wagner disseram não saber se foi encomendada ou retirada de um evento antigo.
"Esse companheiro é irmão de fé. E acredito que o povo baiano vai votar no Jaques Wagner para governar a Bahia", diz a fala de Lula inserida na música.
Em discurso, Dilma disse que ela e Wagner são irmãos de alma. "Eu, você e Lula somos irmãos de alma, do mesmo projeto de transformação da Bahia e do Brasil."
Lembrou a participação dos dois na defesa do governo na crise do mensalão, em 2005, e, no final, emendou: "Saibam que estou com vocês. Podem contar comigo".
O encontro do PT baiano reuniu cerca de 3.000 pessoas no centro de convenções de Salvador.
Wagner cobriu Dilma de elogios, afirmando que Lula teve "olho clínico" ao escolhê-la. O governador a comparou ainda à religiosa irmã Dulce e a Maria Quitéria, que se destacou na luta pela Independência do Brasil.
Dilma não quis comentar a crise em torno da escolha do vice de José Serra (PSDB), embora reservadamente integrantes de sua campanha comemorem as divergências entre PSDB e DEM.
"Cada campanha tem suas características, a minha é uma aliança", disse ela, que também negou pensar em vitória no primeiro turno. Dilma era esperada na convenção do PT-DF, pela manhã, mas não compareceu.


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