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Marina lança apelo por segundo turno
Candidata do PV afirma que nova etapa é "questão de defesa da democracia" e pede que eleitor "pense duas vezes"
Senadora ironiza queda
de Serra e diz que país
deveria escolher entre
duas mulheres depois de conhecer candidatos
BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, fez ontem um apelo para que os
eleitores levem a eleição ao
segundo turno e decidam
"entre duas mulheres" quem
vai governar o país até 2014.
Ela ironizou a queda de José Serra (PSDB) nas pesquisas e se apresentou como
única alternativa a Dilma
Rousseff (PT), embora esteja
21 pontos atrás do tucano, segundo o Datafolha.
"Parece que o povo brasileiro quer uma mulher na
Presidência. Então vamos
equilibrar o jogo entre as mulheres e levar as duas ao segundo turno", pediu, em Florianópolis. "Não precisamos
desistir deste sonho."
A senadora disse ver candidatos "desesperados" e
atacou o preço dos pedágios
em São Paulo, repetindo estratégia do PT contra a gestão
de Serra no Estado.
A estratégia do PV é tentar
crescer em cima do tucano.
Ela defendeu que as pessoas escolham os candidatos
"por si mesmas", numa crítica à força do presidente Lula
na campanha de Dilma. "Podemos ter bons padrinhos,
mas quem vai governar é
quem for eleito", disse.
Na quinta-feira, em reunião com aliados em Curitiba, Marina disse que o eleitor
deve "pensar duas vezes antes de entregar o futuro do
Brasil para quem não conhecemos direito".
"Com todo respeito à ministra Dilma, nós não a conhecemos neste lugar de
eleita. Conhecemos como ministra e até respeitamos seu
trabalho, mas daí a ser presidente?", questionou, na capital paranaense.
Ontem, ela disse que o segundo turno é "uma questão
de defesa da democracia":
"Temos 40 dias para reconsiderar o que estamos fazendo
com o Brasil nesta eleição.
Não temos o direito de não
pensar duas vezes".
A presidenciável pediu votos ao lado do candidato do
PV ao governo catarinense,
Rogério Novaes, barrado pela Justiça Eleitoral com base
na Lei da Ficha Limpa.
Ele teve contas rejeitadas
pelo TCU (Tribunal de Contas
da União) quando presidia o
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, em
2003, e recorre ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para
voltar à disputa. Marina discursou contra os "fichas-sujas" e disse aguardar o julgamento para saber se o aliado
sofreu "injustiça".
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