São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 2011 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br Realeza & choque elétrico Na manchete do "Guardian", "Ex-chefe do serviço de tortura do Bahrein no casamento real", referência ao embaixador bareinita, xeque Khalifa al-Khalifa, que comandava a Agência Nacional de Segurança, denunciada pela Human Rights Watch por usar, entre outros métodos, "choque elétrico e golpes na sola dos pés (falaka) e na cabeça". Ao lado da manchete, foto de um protesto contra a presença da realeza saudita -esta por "matar e torturar" no Bahrein, vizinho que ocupou militarmente há um mês. Ao fundo, o rei sunita do Bahrein condenou ontem quatro xiitas à morte, dos 405 presos que estão sendo processados por sua "justiça militar". No enunciado da AP, "Corte militar condena quatro manifestantes xiitas à morte por insurreição". Foi parar na home de "New York Times", Al Jazeera etc.
//DESAFIO À PRIMAVERA O jornalista inglês Simon Henderson escreveu longo ataque às monarquias árabes para a "Foreign Policy". Contou sete representantes dos déspotas do Golfo Pérsico no "casamento real", além da mulher do rei do Marrocos, no que avalia como "provocação à Primavera Árabe". Prevê "catástrofe política para as famílias reais convidadas". Ontem também, disputando o alto das páginas iniciais inglesas com o casamento, "Explosão mortal em praça de Marrakesh", no Marrocos. No enunciado do "Daily Telegraph", "Britânico entre os 14 mortos no ataque suicida".
//O QUE DEU ERRADO? No "Wall Street Journal", "Crescimento dos EUA perde força", e no "Financial Times", "Dados sobre crescimento lançam dúvida sobre recuperação". O editorial de capa da "Economist" vê como maior problema o fato de que "o crescimento não trouxe empregos". Sugere aos EUA "comprometer-se com estabilidade fiscal e monetária no médio prazo, sem aperto excessivo no curto prazo", além de "reformas nos empregos, com mais treinamento e incentivos à contratação de trabalhadores com baixa qualificação". Mas não, de jeito nenhum, "política industrial". //YUAN PARA TODOS No alto da home do "China Daily", "China é instada a liderar "uma só moeda para a Ásia'". Foi o que defendeu ontem o ministro das finanças da Malásia. No "Times of India", com eco em agregadores ocidentais, o economista Sudipto Mundle fez longa análise da decisão da cúpula Brics de adotar linhas de crédito "em moedas locais". Diz que é "esforço inócuo", do ponto de vista comercial. "Porém, no contexto das novas relações de poder global, é mais um passo importante na iniciativa chinesa de acabar com o reino do dólar como única moeda mundial de reserva". China para todos Intitulado "Um grande mercado para o mundo todo", artigo no "China Daily" defende a compra de "soja brasileira, aviões americanos, máquinas alemãs e frutas tailandesas". Diz que, "quando a China compra mais, é bom para o mundo, mas é bom também para a China". Bolsas na China O anúncio de 75 mil bolsas de estudos para jovens brasileiros no exterior, sobretudo ciências, não ecoou nos EUA, citado por Dilma Rousseff, mas foi parar no "China Daily", enfatizando a declaração da presidente de que "faremos o que muitos países do mundo fizeram". //BOOM VULNERÁVEL O presidente do Citigroup, Vikram Pandit, anunciou no Brasil a contratação de executivos, noticiada pelo "FT". E o presidente do grupo WPP, Sir Martin Sorrel, disse que é "a década da América Latina" e ele quer "participar." E hoje o "FT" destaca artigo de seu editor de América Latina, John Paul Rathbone, no Rio para o Fórum Econômico Mundial, buscando reduzir o entusiasmo, sob o título "Boom do Brasil mascara vulnerabilidades crescentes". Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br Texto Anterior: FAB jogou bomba em SP durante cerco a Lamarca Próximo Texto: Collor atrasa aprovação de lei que acaba com o sigilo eterno Índice | Comunicar Erros |
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