São Paulo, sábado, 29 de maio de 2010

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OUTRO LADO

Costa nega saber de acordo feito pela Embratel

DO RIO

O senador Hélio Costa (PMDB- MG) afirmou que desconhecia o acordo feito pela Embratel. ""Nunca tive conhecimento, formal ou informal, do referido acordo. Nem o Ministério das Comunicações, durante a minha gestão", afirmou, em e-mail enviado à Folha.
Ele deixou o ministério no dia 31 de março para concorrer ao governo de Minas.
Indagado se alertou o ministério de que Uajdi Moreira, beneficiário do acordo, é seu amigo há mais de 30 anos, Costa minimizou a relação entre os dois. ""Fui colega do senhor Uajdi e de dezenas de outros profissionais do setor durante meus 20 anos de trabalho na Rede Globo", declarou.
Afirmou que a Telebrás consultou a Consultoria Jurídica do Ministério das Comunicações sobre que procedimento adotar diante da ordem judicial para indenizar a empresa VT UM.
Disse também que esta respondeu diretamente à estatal, em ofício assinado pelo advogado da União Bruno Fortes e pelo então consultor jurídico Marcelo Bechara. Disse que não participou do processo e que foi apenas informado sobre o parecer pela Consultoria Jurídica.
Sobre a diferença dos valores pagos, disse que o assunto foi discutido na Justiça por 14 anos (na realidade, foram oito anos, entre o início do processo contra a Telebrás e assinatura do acordo) e que não era de sua competência avaliar a questão como ministro ""e muito menos agora, como cidadão".

TELEBRÁS
O ex-presidente da Telebrás Jorge da Motta e Silva disse ter tentado evitar o pagamento à empresa, mas que a sentença já havia transitado em julgado. Para ele, o acordo impediu o fechamento da estatal.
""Se eu não tivesse feito o acordo, a Justiça iria bloquear as contas da Telebrás. Ela está viva porque eu não deixei fechar. Tinha duas opções: pedia demissão ou assinava. Se pudesse voltar no tempo, teria me demitido."


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