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MENSALÃO DO DEM
Supremo deve adiar julgamento sobre intervenção no DF
DE BRASÍLIA - Por conta da ausência confirmada de três ministros, o STF (Supremo Tribunal Federal) deverá adiar a resposta ao pedido de intervenção no Distrito Federal, feito
pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
O presidente do Supremo,
Cezar Peluso, marcou o julgamento para amanhã, mas ministros ouvidos pela Folha
avaliam que não existe condição para sua realização por
conta do baixo quorum.
Não estarão presentes Joaquim Barbosa, de licença médica, Ellen Gracie e Eros Grau,
em viagem internacional.
A Folha apurou que, se ainda assim Peluso decidir julgar
o caso, deverá haver um pedido de vista, para esperar o retorno dos ministros.
Eros Grau já adiantou a colegas que, mesmo prestes a se
aposentar, pode voltar para
julgar o caso, se isso ocorrer
em agosto. Barbosa também
poderia interromper a licença.
A tendência é que o Supremo negue o pedido de intervenção. Avalia-se que as eleições estão próximas e seria um
"trauma institucional" muito
grande permitir a intervenção
por pouco mais de seis meses.
Os ministros também temem que o interventor se torne uma espécie de cabo eleitoral de luxo para a petista Dilma
Rousseff no DF. Isso porque
caberá ao presidente Lula escolher o interventor.
Roberto Gurgel, no entanto,
afirma que a intervenção ainda é necessária. Segundo ele,
há indícios de que o mensalão
do DEM continua.
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