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Reforma do Palácio do Planalto deixa imperfeições
Há falhas de acabamento e risco de acidentes por conta de cortes no piso
Carpete que revestia o piso e as paredes foi trocado; móveis de Mies van der Rohe deram lugar a peças nacionais
JOHANNA NUBLAT
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA
Realizada para liquidar os
vazamentos e os "puxadinhos" que descaracterizavam a imponência do prédio,
a reforma do Palácio do Planalto não conseguiu atingir
plenamente suas metas.
A mudança mais radical ficou concentrada no quarto
andar, remodelado para diminuir o total de gabinetes e
ampliar espaços internos.
O carpete que recobria piso e paredes de gabinetes e
salões foi trocado por mármore branco, o mesmo das
colunas externas e do térreo.
Fiação elétrica e tubulação
hidráulica foram refeitas.
Há também novos móveis:
saíram os de designers estrangeiros, como as cadeiras
Barcelona, do alemão Mies
van der Rohe, e entraram peças assinadas pelos brasileiros Sérgio Rodrigues, Oscar
Niemeyer e Jorge Zalszupin.
Do lado de fora, o palácio
ganhou estacionamento subterrâneo para 500 carros e
torre de saída de emergência.
A configuração do espelho
d'água sofreu alteração.
A obra causou polêmica
por falta de fiscalização e
deslizes de acabamento. A
parede de espelhos do mezanino distorce imagens, e o teto de gesso da entrada principal tem imperfeições.
Nos gabinetes, tampas
cortadas no piso de madeira
para passar fiação podem
provocar acidentes. Além
disso, contornos de elevadores estão sem acabamento.
Mesa nova desenhada por
Oscar Niemeyer e colocada
no antigo "salão oval" (agora
"reunião suprema") tem respingos de tinta. É ali que Lula
fará reuniões ministeriais.
"Faltou refinamento aos
órgãos responsáveis para fazer um restauro de qualidade", afirmou Carlos Magalhães, representante de Niemeyer em Brasília.
O Ministério da Defesa,
porta-voz da obra, admite falhas e diz que os defeitos serão consertados pela empresa contratada.
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