São Paulo, domingo, 29 de agosto de 2010

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Reforma do Palácio do Planalto deixa imperfeições

Há falhas de acabamento e risco de acidentes por conta de cortes no piso

Carpete que revestia o piso e as paredes foi trocado; móveis de Mies van der Rohe deram lugar a peças nacionais

JOHANNA NUBLAT
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA

Realizada para liquidar os vazamentos e os "puxadinhos" que descaracterizavam a imponência do prédio, a reforma do Palácio do Planalto não conseguiu atingir plenamente suas metas.
A mudança mais radical ficou concentrada no quarto andar, remodelado para diminuir o total de gabinetes e ampliar espaços internos.
O carpete que recobria piso e paredes de gabinetes e salões foi trocado por mármore branco, o mesmo das colunas externas e do térreo. Fiação elétrica e tubulação hidráulica foram refeitas.
Há também novos móveis: saíram os de designers estrangeiros, como as cadeiras Barcelona, do alemão Mies van der Rohe, e entraram peças assinadas pelos brasileiros Sérgio Rodrigues, Oscar Niemeyer e Jorge Zalszupin.
Do lado de fora, o palácio ganhou estacionamento subterrâneo para 500 carros e torre de saída de emergência. A configuração do espelho d'água sofreu alteração.
A obra causou polêmica por falta de fiscalização e deslizes de acabamento. A parede de espelhos do mezanino distorce imagens, e o teto de gesso da entrada principal tem imperfeições.
Nos gabinetes, tampas cortadas no piso de madeira para passar fiação podem provocar acidentes. Além disso, contornos de elevadores estão sem acabamento.
Mesa nova desenhada por Oscar Niemeyer e colocada no antigo "salão oval" (agora "reunião suprema") tem respingos de tinta. É ali que Lula fará reuniões ministeriais.
"Faltou refinamento aos órgãos responsáveis para fazer um restauro de qualidade", afirmou Carlos Magalhães, representante de Niemeyer em Brasília.
O Ministério da Defesa, porta-voz da obra, admite falhas e diz que os defeitos serão consertados pela empresa contratada.


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