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Em Minas Gerais, Anastasia e Costa partem para o ataque
Candidatos discutem também como será a relação com governo federal se forem eleitos
RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE
Os candidatos ao governo
de Minas Antonio Anastasia
(PSDB) e Hélio Costa (PMDB)
partiram para o ataque um
contra o outro, ontem, no debate da TV Globo.
Atrás nas pesquisas, Costa
acusou o governo tucano, até
março ocupado por Aécio
Neves (PSDB) e hoje sob
Anastasia, de priorizar gastos em propaganda e na
construção do Centro Administrativo, nova sede do governo mineiro, em detrimento da área social.
O peemedebista disse que,
no Senado, sempre destinou
recursos para a saúde do Estado, mas que estes não chegaram aos municípios.
"Ele [Anastasia] destinou
o dinheiro da saúde não sei
para quê, porque não chegou
aonde tinha que chegar",
disse o peemedebista.
Irritado, Anastasia afirmou que os prefeitos receberam, sim, a verba e acusou
Costa de "desconhecimento
misturado com má-fé para
iludir as pessoas".
"Fizemos muito na área da
saúde. Não fizemos tudo porque nenhum governo consegue fazê-lo", disse.
Anastasia chamou de
"ameaça a Minas" a estratégia de Costa defender que seja eleito governador alguém
afinado com Dilma Rousseff
(PT), à frente nas pesquisas
na disputa presidencial.
"Minas não aceita a subordinação. Eu não acredito que
[um presidente] -seja eleito
Serra, Dilma, Plínio ou Marina- terá condições de discriminar Minas. Nós vamos
manter uma posição de respeito. Aliás, como Aécio e Lula tiveram por esses anos",
afirmou o tucano.
"NINGUÉM É MALUCO"
O tucano ainda ironizou o
candidato do PMDB por dizer
que poderá levar mais obras
para Minas por ser do grupo
de Dilma. Segundo Anastasia, isso não aconteceu enquanto Costa foi senador.
"Faltou o quê? Prestígio ou
boa vontade?", questionou.
Costa afirmou que "ninguém é maluco" de dizer que
a destinação de recursos dependerá de um governador
aliado do presidente, mas argumentou que uma boa relação com o mandatário do
país é importante.
"A verdade é que a ajuda
vem quando o governador é
do mesmo partido e tem as
mesmas intenções [que o
presidente]", disse Costa.
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