São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2010

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Em Minas Gerais, Anastasia e Costa partem para o ataque

Candidatos discutem também como será a relação com governo federal se forem eleitos

RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE

Os candidatos ao governo de Minas Antonio Anastasia (PSDB) e Hélio Costa (PMDB) partiram para o ataque um contra o outro, ontem, no debate da TV Globo.
Atrás nas pesquisas, Costa acusou o governo tucano, até março ocupado por Aécio Neves (PSDB) e hoje sob Anastasia, de priorizar gastos em propaganda e na construção do Centro Administrativo, nova sede do governo mineiro, em detrimento da área social.
O peemedebista disse que, no Senado, sempre destinou recursos para a saúde do Estado, mas que estes não chegaram aos municípios.
"Ele [Anastasia] destinou o dinheiro da saúde não sei para quê, porque não chegou aonde tinha que chegar", disse o peemedebista.
Irritado, Anastasia afirmou que os prefeitos receberam, sim, a verba e acusou Costa de "desconhecimento misturado com má-fé para iludir as pessoas".
"Fizemos muito na área da saúde. Não fizemos tudo porque nenhum governo consegue fazê-lo", disse.
Anastasia chamou de "ameaça a Minas" a estratégia de Costa defender que seja eleito governador alguém afinado com Dilma Rousseff (PT), à frente nas pesquisas na disputa presidencial.
"Minas não aceita a subordinação. Eu não acredito que [um presidente] -seja eleito Serra, Dilma, Plínio ou Marina- terá condições de discriminar Minas. Nós vamos manter uma posição de respeito. Aliás, como Aécio e Lula tiveram por esses anos", afirmou o tucano.

"NINGUÉM É MALUCO"
O tucano ainda ironizou o candidato do PMDB por dizer que poderá levar mais obras para Minas por ser do grupo de Dilma. Segundo Anastasia, isso não aconteceu enquanto Costa foi senador. "Faltou o quê? Prestígio ou boa vontade?", questionou.
Costa afirmou que "ninguém é maluco" de dizer que a destinação de recursos dependerá de um governador aliado do presidente, mas argumentou que uma boa relação com o mandatário do país é importante.
"A verdade é que a ajuda vem quando o governador é do mesmo partido e tem as mesmas intenções [que o presidente]", disse Costa.


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