São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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'PSD vai crescer com alianças', diz Afif

Cotado para disputar a Prefeitura de SP, vice-governador diz que novo partido terá 'grande arco' de parcerias

Favorito do prefeito, ele agora é apontado por tucanos como nome capaz de unir Alckmin e Kassab nas eleições

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Vice-governador de São Paulo e fundador do PSD ao lado do prefeito Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos afirma que a força de seu partido nas próximas eleições municipais virá da capacidade de agregar aliados.
"Nós vamos crescer com as nossas alianças. As pessoas podem esperar do PSD um grande arco de aliados, nas diversas regiões do país", afirmou o vice-governador.
Ele será responsável por elaborar o programa partidário da nova sigla. Para isso, promoverá seminários nas 27 unidades da federação. "Vamos fazer sempre às sextas e sábados para que os deputados possam participar sempre", explicou.
Afif pretende finalizar esse trabalho até o início do ano que vem. Ele também usa a missão de desenhar o programa do partido como justificativa para desdenhar de uma candidatura à Prefeitura de São Paulo no ano que vem. "Quem corre pelo Brasil não tem tempo de fazer campanha", alega.
Há, no entanto, quem discorde. O próprio prefeito Gilberto Kassab, por exemplo, coloca Afif como seu candidato na sucessão. O governador Geraldo Alckmin também enxerga no vice um candidato à prefeitura e o vê, inclusive, como possível adversário do PSDB nas próximas eleições.
Há, no entanto, entre os tucanos, quem aponte Afif como o único capaz de unir kassabistas e tucanos na eleição paulistana. Ciente desse movimento, há duas semanas, em evento no qual esteve ao lado de Alckmin, Kassab destacou a aliados do governador que a candidatura de Afif poderia dar sobrevida à aliança entre ele e os tucanos.
"Nós ainda temos algo que nos une. Precisamos dar valor a isso", discursou o prefeito aos tucanos. Apesar de negar interesse na disputa, Afif diz que trabalhará para manter o PSD ao lado dos tucanos em São Paulo. "Vice-governador é governista. A dissidência nossa foi com o DEM e não com a aliança", afirmou.

PRESSA
Com um cronograma apertado, o partido trabalhará nos próximos dias para oficializar adesões. "O processo de filiação é rápido, o que nos preocupa é o processo de desfiliação dos que estão deixando outras siglas para vir para o PSD", explicou. Os que forem disputar as eleições em 2012 precisam estar inscritos na nova legenda até o dia 7 de outubro.
Após as filiações, o PSD trabalhará para construir um novo tipo de militância, "a militância virtual". O novo partido lançará atividades em redes sociais. "A ideia é fazer pesquisas em tempo real, consultar a militância sobre todos os assuntos", afirmou Afif.

Colaborou RENATO MACHADO, de Brasília


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