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Bispos aprovam fala de papa acerca de engajamento
DE SÃO PAULO
DE SALVADOR
DE BRASÍLIA
O pronunciamento do
papa Bento 16 sobre a necessidade de engajamento
político da igreja no Brasil
mobilizou bispos do país.
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos que encomendou folhetos anti-Dilma apreendidos pela Polícia Federal,
disse sentir-se aliviado pela fala do pontífice:
"Essa posição que o papa assumiu foi, em parte
ao menos, motivada pela
situação que nós temos
aqui. A situação que estamos vivendo no Brasil,
principalmente durante a
campanha política".
Em reunião ontem com
bispos brasileiros, o papa
disse que os pastores têm o
"dever de emitir um juízo
moral, mesmo em matérias políticas".
Para o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil,
dom Geraldo Majella Agnelo, o clamor de Bento 16
deve ser transmitido em
missas, mas sem que se façam menções aos nomes
de candidatos. "É preciso
deixar o eleitor fazer sua
opção."
A disposição de divulgar o pronunciamento de
Bento 16 é compartilhada
por dom Roberto Francisco Ferreira, bispo auxiliar
de Niterói. "Domingo, eu
vou fazer ressoar a fala do
papa. Certamente será
uma motivação para pastorais esclarecerem cristãos", afirmou.
Dom Roberto esteve em
Roma em setembro com
outros bispos de sua regional. O tema do encontro
não foi aborto, mas ele
conta que Bento 16 foi informado sobre a polêmica
na disputa eleitoral.
Há, no entanto, quem
tenha reagido com mais
cautela. Dom José Belisário da Silva, da regional do
Maranhão, integrante da
comitiva que se encontrou
ontem com Bento 16, disse
que a fala "apenas reafirmou" posições da igreja.
A Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil
(CNBB) não se pronunciou
sobre o assunto.
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