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ANÁLISE
Eleitor parece saturado de eleição e não muda voto, indicam estudos e Datafolha
VINICIUS TORRES FREIRE
COLUNISTA DA FOLHA
Entendidos em pesquisas
qualitativas dizem há duas
semanas que o eleitor parece
saturado de eleição. Pelo menos, parece não ter surgido
informação recente capaz de
abalar as ideias estocadas
depois de ano e meio da torrente de informação de campanhas, boatos e imprensa.
Os números do Datafolha
mal se movem desde o final
do primeiro turno. Na última
semana, menos ainda.
Houve até alterações
maiores na opinião de fatias
do eleitorado, porém insuficientes para alterar o resultado geral. De mais curioso,
mais da metade dos eleitores
de Marina Silva (PV) que estava indecisa logo após o primeiro turno (18% deles) agora parece decidida a não votar em ninguém; 8% segue
em dúvida. Dilma Rousseff
(PT) ainda perde entre "marineiros", mas do início de outubro até agora caiu a vantagem de José Serra (PSDB) entre os adeptos da senadora.
Entre os evangélicos pentecostais, a petista perdia por
9 pontos para Serra. Agora
quase empata com o tucano.
Serra atraiu ainda mais o
eleitorado "mais rico", com
renda superior a dez salários
mínimos (R$ 5.100). Nessa
categoria, a distância do tucano para Dilma chegou a
cair para 15 pontos; agora está em 30. Mas trata-se apenas
de 4% da amostra do Datafolha, pouco para compensar
as perdas de Serra entre outras faixas do eleitorado e
ainda reduzir a distância para Dilma, em 12 pontos dos
votos válidos há oito dias.
Encurtado durante algumas semanas devido a escândalos e religião, o vetor
maior da eleição permaneceu o mesmo: o prestígio de
Lula, o dilmismo do eleitorado de menor renda e das regiões de baixo índice de desenvolvimento humano.
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