São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2010

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FOCO

Trotes provocam baixas em listas de apoio a candidatos

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Criadas para dar peso intelectual às candidaturas a presidente, as listas de artistas e acadêmicos em apoio a Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) têm sofrido baixas.
A escritora Ruth Rocha negou ter assinado documento em apoio à petista. No lado tucano, foi o escritor Affonso Romano Sant'anna quem negou apoio a Serra e pediu a retirada de seu nome.
Organizadores afirmam que são vítimas de trotes e, no início, embarcaram em alguns. Os tucanos concluem amanhã a lista definitiva. Os petistas dizem que ela sempre recebe adesões e não há previsão de divulgação.
O primeiro nome a gerar polêmica foi o do cineasta José Padilha, incluído entre apoiadores de Dilma.
"É uma pena que a falta de crítica e de compromisso com a verdade esteja sendo a principal marca dos dois lados desta campanha presidencial", disse em blog.
A escritora Ruth Rocha também divulgou carta negando apoiar Dilma. Afirmou que vai votar em Serra pois "o governo do PT se inclina perigosamente para uma atitude antidemocrática".
Affonso Romano Sant'anna disse que não pretende manifestar seu voto.
"Não assinei o manifesto do Serra, embora tenha admiração por ele. Não assinei manifestos pró-Dilma, embora reconheça os avanços do governo Lula. Passei da idade dos manifestos", disse.
A cantora Sandra de Sá também criticou a inclusão de seu nome na lista tucana. Ela diz votar em Dilma.
O escritor Eric Nepomuceno, articulador da lista dilmista, disse ter recebido o nome de Padilha e o incluiu sem checar. No caso de Rocha, afirmou ser possível tratar-se de homônimo.
"Trata-se de um engano sério e grave. Bastante razão tem ela ao protestar. Peço que desculpe a mim e aos outros que encabeçaram o manifesto", disse o escritor.
O ator Ivam Cabral, organizador da lista tucana, disse ter recebido o nome de Sant'anna por um amigo sem checar e que foi vítima de trotes. "Como era um processo meio apaixonado para algumas pessoas, não tinha como checar. Mas depois víamos que era absurdo."


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