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FOCO
Trotes provocam baixas em listas de apoio a candidatos
ITALO NOGUEIRA
DO RIO
Criadas para dar peso intelectual às candidaturas a presidente, as listas de artistas e
acadêmicos em apoio a Dilma Rousseff (PT) e José Serra
(PSDB) têm sofrido baixas.
A escritora Ruth Rocha negou ter assinado documento
em apoio à petista. No lado
tucano, foi o escritor Affonso
Romano Sant'anna quem negou apoio a Serra e pediu a
retirada de seu nome.
Organizadores afirmam
que são vítimas de trotes e,
no início, embarcaram em alguns. Os tucanos concluem
amanhã a lista definitiva. Os
petistas dizem que ela sempre recebe adesões e não há
previsão de divulgação.
O primeiro nome a gerar
polêmica foi o do cineasta José Padilha, incluído entre
apoiadores de Dilma.
"É uma pena que a falta de
crítica e de compromisso
com a verdade esteja sendo a
principal marca dos dois lados desta campanha presidencial", disse em blog.
A escritora Ruth Rocha
também divulgou carta negando apoiar Dilma. Afirmou
que vai votar em Serra pois
"o governo do PT se inclina
perigosamente para uma atitude antidemocrática".
Affonso Romano Sant'anna disse que não pretende
manifestar seu voto.
"Não assinei o manifesto
do Serra, embora tenha admiração por ele. Não assinei
manifestos pró-Dilma, embora reconheça os avanços do
governo Lula. Passei da idade dos manifestos", disse.
A cantora Sandra de Sá
também criticou a inclusão
de seu nome na lista tucana.
Ela diz votar em Dilma.
O escritor Eric Nepomuceno, articulador da lista dilmista, disse ter recebido o
nome de Padilha e o incluiu
sem checar. No caso de Rocha, afirmou ser possível tratar-se de homônimo.
"Trata-se de um engano
sério e grave. Bastante razão
tem ela ao protestar. Peço
que desculpe a mim e aos outros que encabeçaram o manifesto", disse o escritor.
O ator Ivam Cabral, organizador da lista tucana, disse
ter recebido o nome de Sant'anna por um amigo sem
checar e que foi vítima de trotes. "Como era um processo
meio apaixonado para algumas pessoas, não tinha como
checar. Mas depois víamos
que era absurdo."
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