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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Queda de Serra expõe atritos DEM-PSDB
Divergência sobre vice é principal causa de desavença; apenas Aécio é "ponto pacífico'
CATIA SEABRA
BRENO COSTA
DE SÃO PAULO
Enfrentando trajetória descendente nas pesquisas
de intenção de votos, o palanque PSDB-DEM começa a
expor suas fissuras.
Contidas quando o pré-candidato tucano, José Serra,
liderava com ampla vantagem a disputa pela Presidência, as divergências vêm à tona especialmente agora, na
discussão do vice.
Integrantes da cúpula do
DEM se dizem excluídos da
coordenação da campanha e
preteridos em negociações
nos Estados. Para completar,
discordam das alternativas
ao nome de Aécio Neves, caso ele resista mesmo aos apelos para que ocupe a vice.
Apesar da falta de um nome que unifique o partido, os
democratas já avisaram ao
PSDB que só cederiam a posição para Aécio.
Até mesmo os mais afinados com Serra reagem à indicação do presidente do PP,
Francisco Dornelles (RJ).
Cotado para a vaga mesmo
após apresentar emenda que
atenua o projeto Ficha Limpa, ele sofre resistência do PP
e do DEM. Dornelles, que já
foi filiado ao antigo PFL, desfalcou o partido quando saiu.
No DEM, não há consenso
sobre a indicação de Kátia
Abreu (TO), José Carlos Aleluia (BA) ou José Agripino
Maia (RN).
Os democratas resistem ao
senador Tasso Jereissati (CE),
mas, no PSDB, não impõem
tantas restrições ao ex-ministro Pimenta da Veiga.
Há trepidações em Estados
como Santa Catarina e Goiás.
Mas a tensão promete ser
acirrada em São Paulo.
Sob o patrocínio do prefeito Gilberto Kassab (DEM),
candidatos a deputado federal do DEM que disputam vagas contra tucanos têm o
apoio formal de vereadores e
diretórios do PSDB.
O próprio Geraldo Alckmin reagiu com surpresa ao
ouvir a manifestação da presidente de um diretório do
PSDB em favor de um candidato democrata."Há casos de
diretórios inteiros. É um salve-se quem puder", diz o
coordenador de programa de
Alckmin, José Aníbal (PSDB).
AVARIAS
O DEM terá de lidar, nas
eleições deste ano, com avarias internas. O partido deverá ter candidato próprio em
apenas quatro Estados. Em
outros sete não deve concorrer nem para o Senado.
O escândalo do mensalão
no DF, que culminou na prisão e renúncia de José Roberto Arruda, único governador
do partido eleito em 2006, levou o Democratas a perder
influência na definição das
coligações. O partido defende-se dizendo que expurgou
Arruda de seus quadros com
rapidez.
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