São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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Aécio montou "rolo compressor", diz Pimentel

Para petista, porém, eleição não quebra possibilidade de parceria com o ex-governador

VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

Correndo o risco de não se eleger senador por Minas, o petista Fernando Pimentel diz que o tucano Aécio Neves montou um "rolo compressor" na campanha estadual, mas afirma que a eleição não irá quebrar a ideia de que é possível "trabalhar em parceria" com o ex-governador.
Em entrevista à Folha, ele rebate as críticas do petista Patrus Ananias responsabilizando-o pela desmobilização do partido no Estado. Para ele, a análise é "extemporânea e inoportuna".
A seguir, os principais trechos da entrevista.

 

Folha - A aliança PMDB e PT começou liderando as pesquisas para o governo do Estado, mas chega à reta final com risco de perder no primeiro turno. O que aconteceu?
Fernando Pimentel -
A vantagem relativa passou do nosso lado para o outro, mas é uma vantagem pequena, possível de ser revertida. Sabíamos que seria uma eleição apertada. Achávamos que seria apertado para o outro lado. Ficou para o nosso.

O sr. está em terceiro nas pesquisas, atrás do ex-presidente Itamar Franco. É fruto da interferência da questão nacional na eleição local?
Estou enfrentando dois adversários de muito peso, o ex-governador Aécio Neves e um ex-presidente, com um índice de recall altíssimo. Agora, na pesquisa espontânea ainda estamos tecnicamente empatados e tem muito indeciso. Como a eleição não é estimulada, é espontânea, eu considero que a disputa está empatada.

A intervenção direta do presidente Lula em Minas não está quebrando a tese do voto Pimentécio (mistura de Pimentel e Aécio para o Senado)?
Eu acho que não quebrou a ideia de que é possível trabalhar em parceria. Lula veio e fez campanha para toda chapa. Aécio fez uma campanha no estilo rolo compressor. Ele montou uma campanha toda associada ao [governador tucano Antonio] Anastasia e Itamar. Sem o [José] Serra. Agora, isso não significa que possa haver ruptura da ideia de parceria.

O candidato a vice de Hélio Costa, Patrus Ananias, insinuou que o sr. pode ter responsabilidade na derrota por conta da aliança com os tucanos na eleição de prefeito de Belo Horizonte em 2008. Como o sr. avalia essas críticas?
Bem, primeiro, não tem derrota ainda, estamos em plena campanha. Então, qualquer análise é extemporânea e inoportuna. Mais do que isso, é prejudicial ao esforço que estamos fazendo para ganhar a disputa.

A que se deve a queda de Dilma (PT) nas pesquisas?
É um movimento natural de acomodação. Houve uma bateria de críticas na imprensa. É impossível ficar todo esse tempo, sempre de forma negativa, e não ter algum impacto nas pesquisas de opinião. Mas já passou.


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