São Paulo, quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Superintendente de SP será diretor da PF Leandro Daiello Coimbra é delegado de confiança do atual diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa Escolha surpreendeu corporação, que tinha o superintendente da PF no RS, Ildo Gasparetto, como o mais cotado FLÁVIA FOREQUE LUCAS FERRAZ DE BRASÍLIA O futuro ministro da Justiça do governo Dilma, José Eduardo Cardozo, anunciou ontem o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Leandro Daiello Coimbra, 44, como o novo diretor-geral da Polícia Federal. Colega de turma do atual diretor Luiz Fernando Corrêa e gaúcho como ele, Coimbra é um dos delegados de confiança do antecessor. A sua escolha, uma vitória de Corrêa, faz com que o perfil dos últimos três anos da PF seja mantido no governo Dilma: fechado, com foco em crimes como tráfico de drogas e sem espetacularização nas operações policiais. Formado em direito pela PUC-RS, em 1988, Daiello está na PF desde 1995. Foi chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes e da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários. Em 2008, o gaúcho assumiu a Superintendência da PF em São Paulo. Para Cardozo, o novo diretor tem uma "relevante folha de serviços prestados" à polícia. "A Polícia Federal tem quadros hoje altamente qualificados, pessoas extremamente gabaritadas e não é fácil escolher um dentre a oferta de nomes absolutamente fantástica que a polícia nos fornece", disse Cardozo. REVIRAVOLTA A escolha de Coimbra causou surpresa na corporação. O nome mais cotado era o do superintendente da PF no Rio Grande do Sul, Ildo Gasparetto, apadrinhado pelo ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT), governador eleito do Rio Grande do Sul. Coimbra, que havia sido um dos candidatos entrevistados por Cardozo, era nome quase certo para assumir o posto de adido policial da Embaixada do Brasil em Roma. A reviravolta ocorreu em reunião com a equipe de transição, anteontem à noite. O novo diretor-geral e o futuro ministro devem se encontrar hoje para tratar de um plano de desenvolvimento estratégico da PF para o próximo ano. Cardozo defendeu, por exemplo, aprofundar a relação com os países vizinhos para melhorar o policiamento das fronteiras. Ontem, ao anunciar o nome de Coimbra, Cardozo também confirmou a manutenção de Hélio Derenne na direção da Polícia Rodoviária Federal e do atual ministro, Luiz Paulo Barreto, na secretaria-executiva da pasta. O anúncio de todos os secretário deve ocorrer até a próxima semana. Luiz Fernando Corrêa, que decidiu se aposentar, pode fazer parte do governo Dilma. Ele é cotado para assumir, na parte governamental, a segurança da Copa do Mundo de 2014. Há ainda convites para que ele atue na iniciativa privada. Texto Anterior: Janio de Freitas: Os melhores que não são Próximo Texto: Perfil: Técnico, Coimbra se desentendeu com Protógenes Índice | Comunicar Erros

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