São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Último ato

Integrantes do governo Lula com chances de permanecer na futura administração, caso Dilma Rousseff confirme nas urnas o favoritismo, defendem que o presidente cometa, em seu derradeiro bimestre no Planalto, algumas "maldades" que garantam à sucessora uma largada mais confortável. Por exemplo, uma minirreforma fiscal, em resposta à deterioração das expectativas econômicas verificada na campanha.
Quem conhece Lula, porém, acredita que será difícil convencê-lo a não anunciar, na saideira, medidas como um salário mínimo mais próximo dos R$ 600 prometidos pelo tucano José Serra que dos R$ 540 sugeridos pelo Ministério da Fazenda.



Limpando a área Além de indicar o ministro para a cadeira vaga no Supremo, Lula pretende descascar pelo menos outros dois abacaxis antes de pegar o boné: o caso da extradição de Cesare Battisti e a crise nos Correios, parte do escândalo que mais abalou Dilma na campanha.

Prova dos nove Na reta final, governadores dilmistas entraram em disputa velada para ver quem daria à petista maior margem de votos nos Estados. No primeiro turno, quem não apresentou a fatura completa foi cobrado.

#lulafeelings De um integrante ilustre do grupo de convidados de Dilma na plateia da TV Globo, no intervalo anterior ao último bloco do debate de sexta: "Que saudades do Luiz Inácio...".

Beira-mar A candidata petista manifestou a assessores preferência por uma praia como destino para o descanso pós-eleitoral.

Pergunta você Até a noite de sexta, ninguém, no entorno de Serra, arriscava palpite sobre o local de refúgio do candidato uma vez encerrado o segundo turno.

Café com leite O QG tucano avalia que Aécio Neves e Geraldo Alckmin, mesmo distantes de seus redutos em parte do segundo turno, cumpriram à risca o roteiro combinado com Serra.

Cronograma Preocupado com o estado de espírito dos derrotados que ainda vão frequentar o Congresso até fevereiro, o governo tentará acordo para a votação final do pré-sal este ano. Mas, diante de qualquer risco de derrota, adiará o debate.

Pensador Com as despesas pagas pelo PMDB, o ex-ministro Mangabeira Unger voltou a gravitar no entorno de Michel Temer e diz aos peemedebistas ambicionar o Itamaraty em eventual governo de Dilma.

Calculadora 1 José Dirceu acompanha com atenção as movimentações dos deputados eleitos no Rio Grande do Sul. Tudo para garantir que Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, e que ficou com a segunda suplência, assuma uma vaga na Câmara.

Calculadora 2 Como é quase certo que um dos petistas eleitos será convocado por Tarso Genro para o secretariado gaúcho (o mais cotado é Henrique Fontana), bastaria que outro fosse chamado a ocupar cargo no governo federal caso Dilma vença.

Rodízio Único deputado federal do PT-SP que não se reelegeu, José Genoino reapareceu no comando da caminhada petista de anteontem na capital. Como primeiro suplente da coligação, os petistas dão como certa sua permanência na Câmara.

Ai! O ministro Joaquim Barbosa, que em agosto reassumiu o STF depois de pouco mais de três meses de licença, voltou a manifestar incômodo com as dores nas costas. Colegas acreditam que, até o fim do ano, ele deve decidir sobre nova licença.


com LETÍCIA SANDER e FABIO ZAMBELI

tiroteio

"Esta foi uma eleição estranha. O segundo turno terminou, mas o terceiro será decidido por um desconhecido: o 11º ministro do STF."
DO DEPUTADO FLÁVIO DINO (PC do B-MA), sobre a possibilidade de o Supremo mudar o entendimento sobre a validade imediata da Lei da Ficha Limpa, a depender da posição do próximo ministro nomeado por Lula.

contraponto

Olho no cronômetro

Sob o argumento de preservar a voz de Dilma Rousseff, desgastada pela maratona de eventos da campanha, o coordenador Antonio Palocci fez de tudo para tentar reduzir a duração, inicialmente estipulada em uma hora, da entrevista concedida pela petista aos veículos do grupo RBS, na quarta-feira em Brasília.
No entanto, logo na primeira resposta, Dilma foi se estendendo, e o tempo, passando. Quando a entrevista já estava perto de alcançar 40 minutos, o ex-ministro brincou com jornalistas presentes:
-Agora conto com vocês pra fazer ela parar de falar!


Próximo Texto: Mossad descobriu Mengele no Brasil, mas não o deteve
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.