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Palocci lidera "bolsa ministerial" de Dilma
Candidata, que "interditou" debate sobre equipe durante campanha, deve anunciar chefe da transição até quarta
Petista estuda nomear
Luciano Coutinho para
a Fazenda, enquanto
no PSDB nome mais cotado é Armínio Fraga
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
A ordem é evitar o tema
publicamente, mas tanto Dilma Rousseff (PT) quanto José
Serra (PSDB) já possuem um
time de ministeriáveis para o
caso de vitória hoje.
Dilma classificou o tema
como "interditado" durante
a campanha do segundo turno, e o anúncio de sua futura
equipe de governo pode ficar
para dezembro.
Segundo um assessor da
candidata, Dilma quer evitar
"constrangimentos" para a
equipe do governo Lula, já
que muitos nutrem a expectativa de permanecer na futura administração petista.
Ela pode, no máximo,
anunciar um ou outro nome
depois de 15 de novembro,
como o de Antonio Palocci
Filho, caso decida entregar a
seu coordenador de campanha a chefia da Casa Civil.
Palocci é cotado também
para comandar a equipe de
transição, papel que já desempenhou na eleição do
presidente Lula em 2002.
A tendência é Dilma anunciar o chefe de sua transição
até quarta-feira, ainda em
Brasília, antes de sair para
um descanso de alguns dias.
A petista já demonstrava
relutância em falar de ministeriáveis durante o primeiro
turno. Depois da frustração
de não vencer na primeira
votação, o tema virou tabu.
Aos mais próximos Dilma
repetia que montar ministério antes da hora dá azar.
O silêncio não impede que
petistas, aliados e assessores
especulem sobre nomes fortes por conta de afinidades
com a candidata e força nos
partidos governistas.
Além de Palocci, também
citado para a Saúde, outro
nome dado como certo na
equipe é do ministro Paulo
Bernardo (Planejamento),
que deve coordenar a transição pelo lado do governo.
Na cota pessoal de Dilma,
dois nomes estão na lista:
Maria das Graças Foster, diretora de Gás da Petrobras, e
Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte. Foster pode tanto ir para o Palácio do Planalto como assumir
a pasta de Minas e Energia.
Coordenador da campanha de Dilma e presidente do
PT, José Eduardo Dutra também é ministeriável, mas o
mais provável é que fique no
comando do partido.
Guido Mantega (Fazenda)
conta com o apoio de Lula
para ficar na pasta. Dilma,
porém, gostaria de convidar
o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para o posto.
No Banco Central, são cogitados o diretor Alexandre
Tombini (Normas) e o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, para o lugar
de Henrique Meirelles.
Fora do BC, Meirelles gostaria de ser indicado pelo
PMDB para comandar uma
pasta da infraestrutura, o
que se encaixa no desejo do
partido de ocupar o Ministério dos Transportes.
Ainda no PMDB, o representante do partido na campanha, Moreira Franco, é citado para o Ministério das Cidades ou a presidência da
Caixa Econômica Federal.
O PT deve seguir comandando as principais pastas,
como as da área social.
O grupo de Marta Suplicy,
eleita senadora por São Paulo, se empenha em assegurar
Cidades para ela, já que o PP,
que tem a pasta, não apoiou
Dilma oficialmente.
O PSB não abre mão de
manter Ciência e Tecnologia
e Portos, e quer Ciro Gomes
em um terceiro ministério.
Outro pessebista que agrada Dilma é Gabriel Chalita
(SP), que se tornou amigo da
petista e a ajudou a reconstruir pontes com católicos.
SERRA
Preocupado em virar a
desvantagem nas pesquisas,
o candidato do PSDB à Presidência ainda não se debruçou sobre a composição de
um eventual governo. Alguns nomes, porém, são dados como certos.
Dois articuladores políticos do tucano, o senador Sérgio Guerra e o deputado Jutahy Magalhães, são cotados
para a coordenação política.
Se eleito, Serra fará um esforço de ampliação de sua
base, convidando PMDB, PP
e PV para a equipe.
No PV, são dois os nomes
cogitados: Fernando Gabeira
e o secretário municipal de
São Paulo, Eduardo Jorge.
No PMDB, a ideia é contemplar um gaúcho, como
José Fogaça, Germano Rigotto ou mesmo Nelson Jobim,
titular da Defesa de Lula.
Na área econômica, as
apostas são Armínio Fraga e
Francisco Vidal Luna, secretário de Planejamento de SP.
Outros membros do governo paulista podem ter cargos. O secretário de Fazenda,
Mauro Ricardo, iria para a
Receita Federal. O chefe da
Casa Civil, Luiz Antonio Marrey, é cotado para a Justiça.
Mas existe uma preocupação de que Serra não nomeie
um "paulistério", como chegou a ser chamada a equipe
de FHC.
(ANA FLOR, CATIA SEABRA, NATUZA NERY e VALDO CRUZ)
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