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Nº de nascimentos é o menor desde 2003

Dados do IBGE divulgados ontem apontam ainda que as 89 cidades da região tiveram recorde de mortes em 2010

Estatísticas mostram ainda que, beneficiados por nova lei, divórcios apresentam aumento de 50,6% na região

ELIDA OLIVEIRA
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Menos nascimentos e mais mortes. Esse é o cenário registrado na região de Ribeirão Preto em 2010 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou ontem a pesquisa Estatísticas do Registro Civil.

Se por um lado as 89 cidades da região registraram 43.548 nascimentos no ano passado -menor número desde 2003, quando o estudo começou a ser divulgado-, por outro os mesmos municípios tiveram 21.524 mortes, recorde no período.

Analista socioeconômico do IBGE, Jefferson Mariano afirmou que os dados refletem a dinâmica da população. "Casamentos tardios fazem com que as mulheres adiem a primeira gestação e tenham menos filhos", disse.

Em sete das dez cidades mais populosas da região houve queda no número de nascimentos. Ribeirão foi na contramão, com alta de 2,7%, fato que o especialista atribui à grande taxa de migração e à dinâmica econômica.

Lorenzo, de um ano e meio, faz parte desse índice. Sua mãe, Gisele Maistro, 27, se casou em 2009, teve Lorenzo em 2010 e já espera o próximo bebê. "Nossa situação financeira é boa, o que me permitiu deixar de trabalhar para cuidar dos filhos", disse Gisele.

Já o crescimento no número de mortes, verificado em nove das dez maiores cidades, é explicado pelo envelhecimento da população e pela violência. Óbitos por causas não naturais, como acidentes de trânsito e homicídios, são 9% do total, índice que se aproxima do verificado no Estado (9,3%) e no país (9,8%).

DIVÓRCIOS

Impulsionados pela desburocratização, que permite que o casamento seja desfeito em cartório quando há consenso e o casal não tem filhos, os divórcios apresentaram alta de 50,6% nas principais cidades.

Segundo o IBGE, em Ribeirão, por exemplo, 1.027 dos 1.303 divórcios foram feitos em cartórios. Na Justiça, foram apenas 276.

Para Marilene Kron, doutora em psicologia e autora de livros sobre família, o boom de divórcios em cartório sinaliza que esses casais já não viviam juntos e que formalizaram a situação com a desburocratização da lei.

Apesar do boom de divórcios, o total de casamentos cresceu 6% na região, diz o IBGE. Ao todo, 19.831 casais disseram "sim" em 2010, o maior número desde 2003.

Jaboticabal teve a maior alta (55,1%) entre os maiores municípios. Segundo Carlos Fenerich, secretário de Assistência Social, 200 casais oficializaram a relação em cerimônias coletivas em 2010.

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