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Sem camelódromo, prefeitura libera os ambulantes no centro

Medida paliativa só vale, no entanto, para 60 camelôs 'nativos' cadastrados na administração

Será o segundo Natal seguido após promessas de instalação de um novo camelódromo não se concretizarem

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

Sem cumprir a promessa de entregar o camelódromo até este mês, a Prefeitura de Ribeirão Preto vai liberar o trabalho dos camelôs na região central da cidade no período natalino.

Na manhã de hoje, a Fiscalização Geral da administração vai receber os representantes dos camelôs para anunciar as novas regras, de acordo com o secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Jr.

Segundo ele, o cenário já está definido e as regras valem a partir da próxima segunda-feira. No ano passado, a situação já estava definida em novembro.

"Isso [acordo com camelôs e comércio] será feito até finalizarmos as obras do camelódromo", disse Luchesi.

A "finalização" do camelódromo se arrasta por dois anos -esse será o segundo Natal consecutivo depois das promessas de instalação não se concretizarem.

Com isso, em pleno período de festas, quando há mais consumidores no centro, comerciantes e camelôs terão que dividir os clientes no mesmo espaço do calçadão.

Para os camelôs, a expectativa é dobrar as vendas. Já a Acirp (Associação Comercial de Ribeirão Preto), que afirmou ter feito reuniões com a prefeitura, mas só saberia hoje das propostas, calcula um aumento de 7% no consumo em relação ao Natal do ano passado.

Para tentar minimizar os conflitos com os comerciantes legalizados, a prefeitura vai adotar um sistema de "distribuição" dos camelôs pelo centro da cidade, assim como no ano passado.

INFORMAL E COM REGRAS

"Eles ficarão em pontos estratégicos no centro da cidade, levando em consideração o produto que vendem e o que há na loja", disse Luchesi.

Assim, quem comercializa bolsas, por exemplo, não ficará perto de loja que tenha o mesmo produto.

Além disso, os camelôs receberão um crachá de identificação. Luchesi disse que não poderá haver produtos distribuídos no chão, mas em telas de cerca de 1x1 metro.

De acordo com Alex Júnior da Silva Gabriel, 20, da comissão dos camelôs, cerca de 60 camelôs estão inscritos na Prefeitura de Ribeirão.

Há ainda outros 20 que são de Ribeirão Preto mas que não estão cadastrados -eles não serão contemplados pelas novas medidas.

Já os que são de outras cidades serão alvos da fiscalização, disse Luchesi. O superintendente da Guarda Civil Municipal, André Luiz Tavares, disse que até 65 guardas vão monitorar o centro.

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