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Sócrates teve atuação esportiva e política

Após encerrar a carreira, ex-jogador foi médico, secretário municipal, técnico e dirigente de clube em Ribeirão

Parte da história do ídolo do Botafogo e do Corinthians pode ser conferida nos arquivos do "Acervo Folha"

DE RIBEIRÃO PRETO

Ribeirão Preto, cidade em que Sócrates nasceu para o futebol mundial jogando no Botafogo, também foi palco de batalhas esportivas, de fortes posições políticas e da vida boêmia do ex-jogador.

Após encerrar a carreira no próprio clube que o projetou, atuou em Ribeirão a partir dos anos 1990 como médico, secretário de Esportes na primeira gestão do petista Antonio Palocci (1993-96), técnico e dirigente esportivo.

Um pouco da sua história em Ribeirão pode ser conferido no "Acervo Folha".

Na política local, ele chegou a pensar em disputar a prefeitura da cidade. Ele disse à Folha, em fevereiro de 1992, que poderia disputar a eleição à prefeitura naquele ano. Isso não ocorreu. Seu colega de medicina Palocci acabou concorrendo e vencendo aquelas eleições pelo PT, partido ao qual Sócrates se filiou.

Ele acabaria "ameaçando" participar de outras disputas -inclusive para a Câmara dos Deputados-, o que também não foi concretizado.

A Sócrates coube assumir a Secretaria de Esportes de Ribeirão Preto em 1993, mesmo ano em que voltou ao Botafogo como dirigente.

No ano seguinte, ele criticou os mandatários do futebol, mas ainda assim afirmou que confiava na seleção brasileira, equipe que conquistou o tetra nos EUA, com seu irmão Raí iniciando a competição como capitão, assim como ele fizera na Espanha em 1982. Por um breve momento no ano, comandou o Botafogo do banco de reservas.

Paralelamente, era figura fácil nos bares de Ribeirão. A reunião com os amigos regada a cerveja era, para ele, um ato de alegria. Tanto que se tornou até compositor em 1996 e 97, quando escreveu músicas, principalmente samba, com os amigos Roberto Sebastião Bueno e Dedé Cruz.

Em 1996, foi treinar a Liga Universitária de Quito (Equador), mas a experiência durou somente três meses. Breve também foi a passagem pela Cabofriense (RJ) como técnico, três anos depois.

No Rio, implantou a "Democracia de Cabo Frio", que contava, além de Doutor, com Leandro e Renato Gaúcho, ambos ex-jogadores do Flamengo e da seleção.

Costumava dizer que tudo o que fez foi porque gostava de "novas experiências".

O Botafogo voltou a fazer parte dos planos de Sócrates em 2000, quando anunciou a intenção de assumir, ao lado de Raí, o comando de um time no interior do Estado, dando formação cultural e acesso aos estudos aos jogadores das categorias de base.

A conversa não evoluiu, e, já em 2003, o clube foi rebaixado para a segunda divisão paulista e a terceira do nacional num intervalo de seis meses, o que gerou críticas do ex-atleta ao fato de o seu primeiro clube "baixar a cabeça" para tudo o que os dirigentes da federação decidem.

(LEANDRO MARTINS, ELIDA OLIVEIRA, LUÍS EBLAK E MARCELO TOLEDO)

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