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CPI da Cohab pedirá imagens de agência bancária do centro

Servidora aposentada disse que, em frente ao local, pagou R$ 7.000 a um corretor que estava junto com Baleia Rossi

O deputado estadual, que nega envolvimento, registrou ocorrência na Polícia Civil afirmando ser vítima de calúnia

DE RIBEIRÃO PRETO

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura suposta fraude na distribuição de casas populares em Ribeirão Preto aprovou ontem um requerimento para a CEF (Caixa Econômica Federal) solicitando cópias do sistema de vídeo interno e externo da agência localizada próximo à rua Tibiriçá, no centro.

O pedido será feito porque uma servidora pública aposentada disse, em depoimento à CPI, ter entregue em frente ao local R$ 7.000 a um corretor de imóveis que, segundo afirmou a mulher, estava com o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB).

O valor foi pago em janeiro de 2010, segundo ela, em troca de um apartamento no Jardim João Rossi. No depoimento, semana passada, a mulher disse que Baleia teve influência na transação.

O deputado nega que tenha ligação com o caso e afirma que é alvo de uma "armação política". Ele diz que, em janeiro do ano passado, estava fora de Ribeirão em uma viagem com a família ao litoral norte de São Paulo.

Ontem, também durante a reunião da CPI, vereadores receberam cópias de um boletim de ocorrência registrado pelo deputado na Polícia Civil, no qual ele diz ser vítima de calúnia e difamação.

A CPI volta a se reunir hoje, às 16h, quando irá ouvir o corretor, identificado como Luiz Antonio, citado no depoimento da aposentada.

De acordo com o presidente da CPI, o vereador Walter Gomes (PR), o corretor chegou a entrar com um pedido de habeas corpus na Justiça local para que não fosse ouvido pela comissão. O pedido, no entanto, foi rejeitado.

"Eu não sei qual é o temor dele [corretor]. Ele foi convocado como testemunha."

AUSENTES

A CPI planejava ouvir ontem Marta Aparecida Mobiglia e Maria Rosa Lopes Ferreira, que chegaram a ser detidas em novembro sob suspeita de envolvimento no suposto esquema de pagamento para fular a fila de entrega de casas populares.

No entanto, as duas não foram localizadas para a entrega da convocação. Gomes disse que conseguiu falar com o advogado de ambas, que afirmou que elas estão fora de Ribeirão Preto. Por isso, o depoimento das duas deve ocorrer apenas na próxima terça-feira, dia 3 de janeiro.

Marta acusa a prefeita Dárcy Vera (PSD) de envolvimento no suposto esquema. Ela nega.

(LEANDRO MARTINS)

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