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Paciente reclama de burocracia para operação

DE RIBEIRÃO PRETO

Fora de maternidades, até mesmo em clínicas de reabilitação para viciados em entorpecentes, há mulheres (estejam elas grávidas ou não) que desejam de forma definitiva evitar uma nova gravidez.

No hospital psiquiátrico Lacan, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), por exemplo, quatro em cada dez mulheres que já passaram pela unidade desejavam fazer laqueadura, de acordo com a psiquiatra Alessandra Diehl.

Segundo ela, a maioria dessas mulheres já têm quatro ou mais filhos e ainda se sente vulnerável com o vício em algum tipo de entorpecente para ter uma nova gravidez.

O maior impasse, porém, é a burocracia, de acordo com Diehl. "Elas querem [fazer a operação], mas afirmam que a barreira lá fora, no sistema de saúde, é grande", disse.

Para o psiquiatra Marcelo Ortiz, do Instituto Bairral de Psiquiatria, de Itapira (interior de São Paulo), existe atualmente uma cultura dos médicos em valorizar procedimentos como a laqueadura, para evitar situações de risco para o bebê e a mãe.

A criança nasce com baixo peso e tem crises de abstinência, entre outros problemas, ainda de acordo com o psiquiatra.

"Mas a questão também fica um pouco emperrada na parte legal, dos riscos para o médico", disse.

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