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Saúde prevê 3ª pior epidemia de dengue

Estimativa é de 12.247 registros em Ribeirão em 2012; caso se confirme, será o sexto ano consecutivo de alta incidência

Doença, que levou à morte de 12 pessoas no ano passado, pode ser combatida com o controle de criadouros

DE RIBEIRÃO PRETO

Com epidemias consecutivas de dengue desde 2006, Ribeirão Preto se prepara para mais uma temporada de grave incidência da doença.

Se a previsão da própria prefeitura se confirmar, em 2012 Ribeirão terá a terceira maior epidemia de sua história, apesar da campanha contra a doença. São estimados 12.247 casos, contra 19.254 no ano passado e 29.637 em 2010 -este, o maior da história.

A estimativa de casos está prevista no plano de contingência, traçado pela Secretaria de Saúde no segundo semestre do ano passado para definir ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti.

O plano foi enviado ao Ministério da Saúde em novembro para pleitear recursos.

Segundo o órgão, foram liberados R$ 348,5 mil para o município combater a doença em 2012.

Stenio Miranda, secretário de Saúde de Ribeirão, disse que o número é um "cenário possível", definido com base no perfil epidemiológico da cidade nos últimos anos.

"Fizemos o plano para preparar ações, mas o fato é que hoje a dengue está controlada", disse Miranda.

PREVENÇÃO

Após a baixa incidência de chuvas no fim do ano -condição necessária para que os ovos do mosquito eclodam-, Ribeirão se prepara para os meses mais críticos de casos.

Ontem, o Centro de Controle de Vetores terminou o levantamento de dados para medir a densidade de larvas encontradas em criadouros de ao menos 6.600 imóveis. O resultado deve ser divulgado no fim deste mês.

Maria Lúcia Biagini, chefe do departamento, diz acreditar que o índice de larvas será alto, devido às fortes chuvas registradas em janeiro.

Por isso, para combater a dengue, o importante é o apoio da população, afirmou Maria Lúcia.

As ações de controle de dengue retiraram da cidade 170.909 quilos de criadouros em 2011, disse ela.

A prefeitura investiu R$ 10 milhões contra a dengue ano passado, disse Stenio.

"Há uma parcela da população conscientizada, mas ainda é fácil encontrar criadouros de mosquitos", disse.

Por isso, o Centro de Controle de Vetores está cadastrando borracharias, desmanches e construções para serem vigiados de perto.

Segundo Maria Lúcia, as construções civis, por exemplo, poderão ser multadas se deixarem acumular água.

"É preciso olhar após cada chuva onde acumulou água, em quintais, ralos, nos lixos", disse Ana Alice Castro e Silva, chefe do departamento de Vigilância Epidemiológica.

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