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Clubes privês resgatam 'saraus' em Ribeirão

Dançar tango, ver filmes clássicos e falar sobre literatura são atividades de grupos que se formaram na cidade

Os amantes da dança argentina se encontram na Vila Virgínia; já um grupo de mulheres tem o cinema como foco

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Numa época em que as relações virtuais se tornam cada vez mais comuns, clubes privês de Ribeirão Preto organizam encontros nos quais os participantes compartilham os mesmos interesses.

São grupos que por meio da dança, da literatura e do cinema se reúnem em espécies de "saraus".

É o que ocorre semanalmente nos fundos da casa simples do casal Luzia Lopes da Silva e José Sérgio Lopes da Silva, na Vila Virgínia.

Há 21 anos, o espaço onde funcionava uma antiga marcenaria virou palco do Club del Tango -o local foi transformado em "templo" da dança, por onde passam advogados, médicos, promotores de Justiça e delegados.

"Nosso ambiente é familiar. Aqui as pessoas vêm para dançar e confraternizar", afirmou José Sérgio.

Da terra do forró, o cearense Argemiro de Oliveira, 74, representante comercial, disse que foi no ritmo argentino em que encontrou a fórmula para "aquecer" o relacionamento com a mulher, com quem está junto há 15 anos.

"Hoje somos mais unidos por causa do clube. É um espaço onde nos sentimos à vontade", afirmou.

Há um ano morando em Ribeirão, a uruguaia Ivonne Bella, 48, encontrou o clube depois de pesquisar um espaço onde pudesse dançar.

"Me sinto em casa quando estou aqui", afirmou.

"BOOKAHOLIC"

Jovens reunidos em uma livraria no shopping. À primeira vista, a cena pode parecer comum, se não fosse por um detalhe: eles estão discutindo literatura.

É o que ocorre desde novembro do ano passado, quando a estudante Giu Fernandes, 19, e a designer Priscila Braga, 27, decidiram criar o Clube do Livro Jovem.

A ideia é abordar livros com temática juvenil, como os de Nicholas Spark e Siobhan Vivian, autores de títulos como "Um homem de sorte" e "Não sou este tipo de garota", respectivamente.

O clube surgiu da necessidade que elas tinham em frequentar um local como esse que, segundo elas, não existe em Ribeirão.

Os encontros são feitos todo primeiro sábado de cada mês na Paraler e são abertos. Na próxima reunião, as garotas irão discutir sobre "Anna e o beijo francês", escrito por Stephanie Perkins.

CINEMA CHIQUE

A empresária Melinha Basile rejeita o rótulo de "clube" do projeto cultural mais concorrido entre as mulheres da elite de Ribeirão: o Encontro de Cinema para Mulheres.

No encontro, 50 mulheres -capacidade máxima do Estúdios Kaiser de Cinema, onde ocorre -assistem aos filmes e, depois, debatem o assunto com especialistas.

Por ali, já passaram a bailarina Ana Botafogo, o sociólogo e geógrafo Demétrio Magnoli e o crítico de cinema Rubens Ewald Filho.

"Penso em todos os detalhes: champanhe, pipoca, bufê", afirma ela, que leva até tapetes persas de sua casa para enfeitar a sala de cinema.

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