Outro aliado de Dárcy cogita fim de acordo

	Márcia Ribeiro - 12.dez.2011/Folhapress
	A prefeita Dárcy Vera, pré-candidata à reeleição

Depois de o vice-prefeito de Ribeirão, Marinho Sampaio (PMDB), afirmar que a aliança com Dárcy Vera (PSD) pode não se repetir nas eleições deste ano, o PR, segundo maior aliado do governo, também põe em dúvida o acordo com a prefeita.

O vereador Walter Gomes (PR) afirmou ontem que a aliança foi firmada com Dárcy para o atual mandato, mas para as eleições municipais deste ano a parceria não é 100% certa, já que a sigla quer "conversar com outros candidatos a prefeito".

O próprio desligamento do PMDB pode pesar para a saída do PR da coligação de uma possível candidatura da prefeita à reeleição. E as negociações do PR vão mirar até um nome próprio do PMDB, afirmou Walter.

Além de Sampaio, que disse à Folha que é pré-candidato da legenda, surgiram mais dois pemedebistas interessados em disputar o cargo que hoje é de Dárcy. São os vereadores Samuel Zanferdini e Léo Oliveira.

"Fiquei surpreso de ver a declaração do Marinho porque no ano passado eu já havia oficializado no partido a minha intenção de disputar a prefeitura em 2012", disse. Zanferdini afirmou ainda ter apresentado seu nome ao presidente estadual do PMDB, Baleia Rossi.

Apesar de ter defendido até o ano passado a renovação da aliança com Dárcy em 2012, Baleia tem sofrido cobranças de dentro do diretório local para lançar candidato a prefeito, o que compromete a sequência do acordo.

O presidente da Câmara, Cícero Gomes (PMDB), disse que ainda não tem "opinião formada" sobre o assunto, mas confirmou que é forte a pressão sobre Baleia para a candidatura pemedebista.

O diretório local do partido informou ontem que Léo Oliveira também se colocou como pré-candidato a prefeito -a reportagem não conseguiu falar com ele ontem.

Por meio de sua assessoria, Baleia confirmou a pretensão dos dois vereadores e disse que todos têm condições de representar o PMDB na disputa pelo Executivo.

PERDA DE TEMPO NA TV

Um dos impactos da redução de aliados na coligação é a perda de tempo de propaganda em rádio e TV. Em 2008, por exemplo, Dárcy tinha perto de 11 minutos de programa. Só o PMDB representava quase a metade desse tempo, segundo o vice. Para Sampaio, parcerias podem acabar eventualmente.

Desde 2011, o grupo que formou a coligação que elegeu Dárcy em 2008 vem sofrendo baixas (veja quadro nesta página), mas o governo diz que chegará mais forte que antes às urnas.