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Junto dos pais, crianças também vão para a balada

Bares do interior passam a oferecer espaços kids para atrair casais com filhos

Prática, reprovada por alguns especialistas, é adotada em botecos do interior de SP e de MG, além da capital paulista

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO
GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Em meio a bebidas e petiscos, mamadeiras, chupetas e fraldas são itens cada vez mais comuns em bares do interior e da capital paulista.

Depois das grandes redes de fast-food e de restaurantes criarem os espaços kids, agora é a vez dos bares ajudarem os pais a se divertirem -e as crianças estão indo para as baladas com eles.

Nesses locais, a diversão dos pequenos é ficar em salas que, isoladas do ambiente do bar, são equipadas com brinquedos como blocos de montar, bonecas, carrinhos, giz de cera e videogames, além de televisões exibindo desenhos infantis.

Alguns estabelecimentos contratam monitores para "dar uma olhadinha" nos pequenos e até recreadores para distraí-los em dias de maior movimento.

Apesar de a prática se propagar, o assunto é polêmico. Há psicólogos que reprovam a ação, que pode servir de mau exemplo às crianças.

BALADEIROS COM FILHOS

Para os empresários do setor ouvidos pela Folha, o serviço atende aos clientes baladeiros que tiveram filhos nos últimos anos.

No Rumba Bar, em Ribeirão Preto, o empresário Daniel Camacho, 55, abriu o local para atender aos antigos clientes. "Eles cresceram e tiveram filhos", contou.

Na Casa Vinte, também em Ribeirão, cerca de metade dos clientes do estabelecimento leva seus filhos, segundo Vilma Patrocínio, dona do bar.

A rede de franquias Água Doce Cachaçaria percebeu o nicho e agora coloca o espaço "Doce Cantinho" como um dos itens obrigatórios para a abertura de novas filiais.

No último ano, o espaço chamou a atenção de franqueados em municípios com mais de 400 mil habitantes, após abrir as primeiras unidades em cidades menores.

Unidades de Ribeirão Preto, Barretos e Araraquara, no interior de São Paulo, e Uberlândia e Juiz de Fora, em Minas Gerais, já têm o ambiente recreativo. O investimento, de R$ 15 mil a R$ 30 mil, traz retorno, disse Delfino Golfeto, proprietário da rede.

Segundo ele, houve um aumento de até 12% no faturamento das unidades que voltaram a atenção às crianças.

Cerca de 30% das reformas feitas pelas franqueadas no ano passado foram para adaptar o espaço à recreação.

No Hooters Brasil, em São Paulo, o espaço kids veio para dar um ar familiar ao ambiente, disse o gerente Luciano Saqueto. "Queríamos tirar o estereótipo de um lugar só para homem."

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