Filhos agora até escolhem local da festa

	Edson Silva/Folhapress
	Letícia Ferrari Pelegrino e Luiza Beretz Furtado brincam em espaço recreativo reservado para crianças dentro do Rumba Bar, em Ribeirão Preto

Já habituadas com a balada feita na companhia dos pais, algumas crianças ouvidas pela reportagem estão até influenciando na escolha dos locais de diversão.

É o caso do pequeno Vinicius, 9, filho da fonoaudióloga Karina Beretz, 37, e do funcionário público Renato Furtado, 41.

"Gosto do Rumba [em Ribeirão Preto], porque aqui tem o videogame que eu não tenho em casa", disse o menino, irmão de Luíza, 5.

Além de escolherem os locais, as crianças também acabam assumindo uma função importante no que diz respeito à segurança da família.

Letícia, 8, define quem dirige o carro após a balada, conta a mãe dela, a coordenadora pedagógica Estela Pelegrino, 38. "Se meu marido toma um chopinho a mais, ela [Letícia] não o deixa dirigir o carro", afirmou Estela.

A prática de levar a criança à balada e depois voltar para casa com ela no carro, no entanto, gera críticas de especialistas em segurança no trânsito (veja texto ao lado).

SÓ COM ESPAÇO KIDS

Apesar de os espaços kids ainda não estarem difundidos entre todos os bares, já há moradores que só vão a esses estabelecimentos.

Em Ribeirão, a psicóloga Calila Dal Picolo, 29, mãe de Cauê, 1 ano e 3 meses, faz parte desse grupo. "Hoje só saio para um lugar que tem espaço kids", disse ela, que sempre se considerou baladeira.

O mesmo ocorre com o casal de bancários Thaísa Martins, 31, e Paulo Renato Martins, 36, pais de Lucas, de um ano, e Gabriel, 5. "Se não tiver [espaço para as crianças], nem saímos", disse Paulo.