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Grupo protesta contra demissões em Matão

Trabalhadores fizeram ato contra empresa que cortou vagas e anunciou que não vai processar safra de 2012/2013

Sindicato ofereceu contraproposta após demissões na Citrovita; procurada, empresa não se manifesta

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

Uma manifestação contra as demissões na empresa de suco de laranja Citrovita, na unidade de Matão, reuniu 200 pessoas na manhã de ontem na cidade -segundo o sindicato, compareceram trabalhadores do setor que atuam em outras cidades.

Eles queriam tornar públicas as demissões de Matão e pressionar a empresa a aceitar uma contraproposta feita na semana passada pelo Stiama (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Matão).

A concentração foi na sede do sindicato de manhã. Os trabalhadores foram para a praça central e, depois, marcharam em direção à Citrosuco.

A Citrosuco e a Citrovita tiveram a joint venture aprovada no ano passado e hoje dominam 45% do mercado brasileiro de suco de laranja.

"Queríamos conscientizar os trabalhadores da Citrosuco de que as demissões poderiam chegar lá também", disse Nelsom Joaquim da Silva, presidente do sindicato.

A manifestação provocou o bloqueio do tráfego de veículos enquanto os trabalhadores se deslocavam pela cidade, mas a interrupção foi momentânea e não causou maiores transtornos no fluxo, disse José Roberto Souza, vice-presidente do sindicato.

A Polícia Militar não soube confirmar as informações.

SEM SUCO

Na última quarta-feira, a Citrovita anunciou a demissão de 70 funcionários. Para o sindicato, são 111.

Segundo a Citrovita, trata-se de uma "reestruturação" da unidade de Matão "em função das previsões quanto ao tamanho da próxima safra de laranja" -ela tem fábrica em Araras e Catanduva.

Após a produção recorde de suco de laranja, que levou a filas de caminhões para descarregar o fruto nas fábricas, a empresa disse que não iria processar a safra de 2012/2013.

No entanto, para o Stiama, o fim da atividade é reflexo da fusão.

Segundo Souza, há 62 trabalhadores na unidade que deverão trabalhar até concluir o reprocessamento do suco de laranja, o que deve ocorrer em maio. No entanto, após as demissões, eles estão de braços cruzados. Ontem, Silva foi à Câmara de Matão pedir apoio dos vereadores.

Procurada, a Citrovita não quis se pronunciar sobre o protesto nem sobre os cortes.

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