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Polícia Civil ouve operadores de brinquedo onde garota morreu

Funcionários do Hopi Hari prestarão depoimento nesta semana

EDUARDO GERAQUE
MARÍLIA ROCHA
DE VINHEDO

A polícia de Vinhedo pretende ouvir a partir de hoje os dois funcionários do parque Hopi Hari que acionaram o brinquedo La Tour Eiffel na sexta-feira, dia 24, com a garota Gabriella Nichimura em uma das cadeiras da atração.

O elevador sobe a mais de 60 metros e cai em queda livre. Quando ele estava a 25 metros do chão, a adolescente, que nasceu no Japão e é filha de pais brasileiros, despencou e morreu na hora.

O delegado Álvaro Santucci Júnior disse ontem à Folha que dois fatos principais chamam a atenção da polícia.

O primeiro é por qual motivo uma cadeira que estava sem uso há anos acabou sendo ocupada por Gabriella.

A cadeira, segundo o delegado, não estava quebrada. Mas uma pessoa muito alta que sentasse ali poderia bater o pé na estrutura de ferro que envolve a base da torre.

O segundo problema, que provavelmente causou a morte da menina, é saber o responsável pela abertura da trava de segurança do brinquedo. O dispositivo se abriu quando o elevador despencava por volta de 90 km/h.

"Existe uma espécie de chavinha manual atrás de cada cadeira. Ela serve para abrir a trava de segurança em caso de algum tipo de pane", afirma o delegado.

Como a chave não estava fechada, a adolescente pode se sentar na cadeira interditada e, quando o brinquedo começou a descer, a trava de segurança se abriu.

Ontem, peritos voltaram ao Hopi Hari e priorizaram a vistoria de 14 brinquedos.

São eles: Montezuma (montanha russa), Vurang, Ekatomb, Vula Viking, Leva i Traz, Lokolore, Evolution, Rio Bravo, Crazy Wagon, West River, Trakitanas, Simulakron, Giranda di Musik e Dispenkito. O parque tem aproximadamente 60 atrações.

A prioridade obedece às especificações do termo firmado com o Ministério Público.

O vice-presidente do Hopi Hari, Cláudio Guimarães, disse em entrevista ao Fantástico, veiculada no domingo, na "TV Globo", que o acidente aconteceu devido a uma sequência de falhas.

Ele afirmou também que o aviso de interdição do assento usado por Gabriella era desnecessário. "Por dez anos, a cadeira não foi operada, e não tivemos problemas."

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