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Com explosões, postos desistem de caixas

Estabelecimentos de Ribeirão retiram equipamento; até setembro de 2011, foram 217 terminais explodidos no Estado

Donos de postos veem riscos a clientes e funcionários e dizem que taxa paga pelos bancos não compensa

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

A onda de explosões a caixas eletrônicos no Estado está fazendo com que postos de combustíveis de Ribeirão Preto desistam de oferecem o serviço nos estabelecimentos.

A preocupação é que uma eventual explosão possa ferir clientes e funcionários ou até provocar um incêndio.

Os ataques a caixas eletrônicos têm ocorrido no Estado de São Paulo desde o ano passado, em lojas de conveniências de postos, supermercados e agências bancárias.

A Polícia Militar e o Sincopetro (sindicato que representa os postos de combustíveis) dizem não ter uma estatística precisa dos casos.

No Estado, até setembro de 2011, foram explodidos 217 caixas eletrônicos em bancos, postos e supermercados, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Em Ribeirão, só neste ano houve ao menos duas explosões de caixas em postos de combustíveis.

RISCO

Um dos casos ocorreu no posto Federal, na Vila Virgínia, no mês passado. Cansado de ser alvo de ladrões, o dono decidiu não repor o caixa danificado. "Deus me livre. Não quero mais", disse Joaquim Alves da Silva Santos.

A modalidade é nova para uma vítima antiga dos bandidos: seu posto já foi assaltado 22 vezes em dois anos.

Perto da USP, o posto Principal HC também decidiu, em 2011, retirar o caixa, temendo os ataques. "Mandamos tirar. Põe em risco os funcionários e os clientes", disse a gerente Adriana Taveira de Miranda Albergaria.

"Quem não tinha e estava propenso a colocar o caixa, não quer mais", disse o presidente regional do Sincopetro, Oswaldo Manaia.

É o caso de sua mulher, que tem dois estabelecimentos, e desistiu da ideia dos caixas.

Vice-presidente da Brascombustíveis, que também representa os postos, Renê Abbad disse que ao menos quatro proprietários de postos que pretendiam instalar os caixas já mudaram de ideia com a onda de ataques. A taxa paga pelas instituições bancárias aos donos chega a R$ 400. "Não compensa."

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