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Sem registro federal, não há prazo para Nilza operar

Empresa prevê até semana que vem a certificação; governo não tem data

Leite Nilza teve SIF cancelado e aguarda novo número; desde setembro, indústria se prepara para funcionar

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

Sem um importante registro federal, a indústria de laticínios Leite Nilza, de Ribeirão Preto, fechada há dois anos, ainda não tem prazo para voltar a funcionar.

A empresa teve o número do SIF (Serviço de Inspeção Federal) cancelado no ano passado e, agora, espera a obtenção de outro para voltar a operar. O selo é concedido pelo Ministério da Agricultura e atesta a qualidade dos produtos de origem animal.

Sérgio Alambert, dono da holding Airex Trading, que controla a empresa, diz, no entanto, que o documento deve ficar pronto até amanhã ou, "no máximo", até o início da próxima semana.

Se isso ocorrer, afirma, a Leite Nilza poderia voltar a processar leite em até 15 dias.

Já o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou não ser possível prever prazos.

Segundo a pasta, até a tarde de ontem, o processo da Nilza ainda estava em análise na SFA-SP (Superintendência Federal de Agricultura do Estado de São Paulo) e aguardava ser remetido ao Dipoa (Departamento de Produtos de Origem Animal), em Brasília. Lá, poderá ser contestado ou aprovado.

Desde setembro, a indústria de laticínios se prepara para voltar a ativa. A data inicial era dezembro; depois, foi adiada para janeiro.

A Nilza tem R$ 420 milhões de dívidas e sua falência foi decretada pela Justiça há um ano, após suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro.

Com a retomada das atividades, o laticínio pretende pagar funcionários e credores extraconcursais -aqueles que emprestaram dinheiro após o início da recuperação judicial, de acordo com Alambert.

Hoje, 30 pessoas mantêm os equipamentos da indústria funcionando. Outros cem serão contratados quando a Nilza voltar a operar. Em cinco meses, Allambert espera quadruplicar a produção.

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