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Câmara usa internet para amenizar pressão contra aumento salarial

Em nota, Legislativo busca explicar razões do reajuste aprovado

DE RIBEIRÃO PRETO

Pressionada por manifestações em redes sociais contra o aumento dos salários dos vereadores em 39,8%, a Câmara de Ribeirão Preto divulgou ontem nota em que tenta amenizar a situação.

O texto aponta que a Constituição permite aos vereadores receber até 75% do que é pago aos deputados estaduais -o que elevaria o salários dos parlamentares de Ribeirão dos atuais R$ 9.288,04 para R$ 15.050.

No entanto, segundo o texto, os vereadores optaram pelo reajuste com base no mesmo percentual aplicado aos salários dos servidores municipais desde 2007, de 39,8%, elevando para R$ 12.991.

O projeto que autoriza o reajuste foi apresentado em regime de urgência pela Mesa Diretora na semana passada e recebeu a aprovação de 16 dos 20 parlamentares, causando reações contrárias.

Internautas se organizaram em rede social e criaram o "Movimento do Panelaço". Duas manifestações foram feitas na Câmara e o grupo promete voltar em todas as sessões, às terças e quintas.

'CONTROLE'

A notícia divulgada pela Casa afirma ainda que medidas de contenção de gastos estão sendo adotadas e, mesmo com o aumento de 20 para 27 cadeiras, a despesa deverá permanecer equilibrada.

O texto cita a redução do número de funcionários de 261 para 199 até o ano que vem e a restrição do número de assessores para sete em cada um dos gabinetes.

Porém, não informa que o Tribunal de Contas do Estado multou a Câmara, ano passado, pelo número excessivo de funcionários comissionados. Em 2010, foi constatado que 80% dos funcionários não eram concursados.

O presidente da Casa, Cícero Gomes da Silva (PMDB), defende o reajuste como "direito de todo trabalhador".

"Não havia reajuste na Câmara desde 2007, não há o que se discutir mais a respeito", afirmou Cícero.

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