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Prefeituras terão de contratar professor

Municípios buscam se adaptar à nova lei do piso, que diz que docente deve ficar 33% da jornada fora da sala

Franca prevê contratar mais 130 pessoas e Araraquara, mais 64; para especialistas maior desafio é o ensino infantil

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Com a nova lei do piso nacional do professor, que prevê que o docente fique 33% do seu tempo fora da sala, prefeituras da região de Ribeirão preveem aumentar o número de professores.

A ideia é dar tempo para que os professores corrijam exercícios e planejem atividades das aulas, por exemplo.

Em Ribeirão Preto, a necessidade de expandir o quadro de educadores deve ser maior na rede infantil, segundo previsão do Sindicato dos Servidores Municipais.

A entidade estima que será preciso dobrar o número de educadores de creches para se adequar à lei -atualmente são 700.

Além das creches, será preciso contratar de 10% a 15% de professores a mais no ensino fundamental, de acordo com a entidade. Hoje, atuam nesta fase 1.450 docentes.

A prefeitura diz que ainda estuda a situação, mas pretende implantar as mudanças, com novos professores, no segundo semestre.

São novos empregos gerados em pleno período eleitoral -a prefeita Dárcy Vera (PSD) deve tentar a reeleição.

Os servidores municipais da região reclamam de demora das administrações em implantar as mudanças da lei.

As prefeituras das quatro maiores cidades da região afirmam que já começaram a readequar seu número de professores ou estudam se será necessário contratar mais docentes.

Franca e Araraquara já fizeram as contas: em Franca, a Secretaria da Administração estima que é preciso ter mais 130 professores, de um total de 1.246 existentes atualmente no ensino fundamental municipal. Segundo a administração, as contratações já estão acontecendo.

Já Araraquara prevê contratar mais 50 professores na rede infantil (são 420 hoje) e mais 14 professores P1 (dos anos iniciais do ensino fundamental). Ainda não há previsão para as contratações.

Em São Carlos, a prefeitura ainda estuda se será preciso ampliar o quadro.

Para especialistas, o maior desafio está na educação infantil, pois muitas cidades ainda não tratam esse profissional como um professor, que tem direito a piso e outros benefícios.

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