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Aterros privados têm as melhores notas

Das 55 cidades paulistas com melhor índice em estudo da Cetesb, 50 enviam seu lixo para depósitos particulares

Do outro lado, todos os aterros que ficaram em situação inadequada são públicos, entre eles o de Miguelópolis

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

A grande maioria dos aterros sanitários paulistas bem avaliados em estudo da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) é administrada pelo setor privado.

Por outro lado, todos os aterros considerados inadequados pela companhia são de órgãos públicos.

Os dados, referentes a 2011, foram divulgados ontem pela Cetesb e integram o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares.

Segundo o estudo, 23 dos 645 municípios paulistas têm condições consideradas inadequadas na destinação do lixo. Juntas, as cidades produziram, ao dia, 737 toneladas de resíduos, quase 3% de todo o Estado.

Já na ponta de cima do estudo, das 55 cidades que tiveram nota máxima, 50 enviam seus resíduos domésticos para aterros particulares.

As exceções são Angatuba, Barão de Antonina, Franca, Guareí e Jarinu. No caso de Franca, embora o aterro seja público, é o terceiro ano consecutivo que ele recebe nota dez na avaliação.

Na região de Ribeirão, apenas Miguelópolis possui aterro em situação inadequada. Ribeirão aparece com nota dez, mas porque envia seus resíduos para Guatapará, aterro privado que tem o Grupo Leão como um dos donos.

CAPACIDADE

Para o diretor-executivo da Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), Carlos Silva Filho, o inventário da Cetesb revela a capacidade muito superior do setor privado em gerir a destinação dos resíduos.

Segundo o gerente da divisão de Apoio ao Controle das Fontes de Poluição da Cetesb, Cristiano Iwai, os aterros privados têm conseguido se adequar e seguir as normas de forma mais "rotineira".

Em Miguelópolis, por conta da quebra de um trator de esteira, o lixo do aterro local ficou parte do ano passado exposto a céu aberto, enquanto a prefeitura não conseguia consertar o veículo.

O lixão em pior situação no Estado fica em Vargem Grande do Sul e recebeu nota 1,7. A lista dos inadequados também tem cidades mais populosas, como Osasco e Presidente Prudente.

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