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Marinha investiga fraude em Ribeirão

Apuração envolve 8.000 processos para obtenção de arrais, documento necessário para pilotar embarcações

Despachantes navais e oficiais da Marinha são investigados no caso, apurado pela Capitania Fluvial desde 2011

Edson Silva/Folhapress
Pescadores, que afirmaram ter autorização de condução de barco, no rio Pardo; Marinha apura fraude na emissão de documento
Pescadores, que afirmaram ter autorização de condução de barco, no rio Pardo; Marinha apura fraude na emissão de documento

GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO

A Capitania Fluvial Tietê-Paraná, de Barra Bonita, investiga um suposto esquema de fraude na emissão de arrais amador em Ribeirão Preto. O documento é necessário para a pilotagem de embarcações de pequeno porte, como barco, lancha e jet ski.

Segundo a Marinha, 8.000 processos de arrais emitidos em 2010 e 2011 são apurados.

De acordo com o capitão de fragata Luís Fernando Baptistella, são investigados despachantes navais, supostos compradores do documento e oficiais da Marinha.

Segundo o capitão, dentre os pontos investigados estão o não pagamento à Marinha, de uma taxa de R$ 40 referente à prova escrita -necessária para a obtenção do documento- e a entrega de atestados médicos falsos.

A Marinha também investiga se houve o desvio do valor pago pela prova escrita.

De acordo com Baptistella, houve ainda emissão de arrais sem a realização da prova. O preço total cobrado pela arrais não foi revelado.

A suposta emissão fraudulenta do documento em Ribeirão faz parte de um inquérito policial aberto em maio do ano passado em toda a região da capitania.

Em Ribeirão a investigação se concentra em 2010, quando 300 pessoas realizaram a prova, em junho, para a obtenção de arrais. O exame foi feito no clube da Polícia Militar, no bairro Ipiranga.

Ontem, os suspeitos do envolvimento na fraude foram ouvidos na sede da Polícia Federal em Ribeirão pela Marinha, por determinação do Ministério Público Militar.

A PF deu apoio à investigação na realização de perícia dos documentos.

DADOS SIGILOSOS

O capitão não informou quantos depoimentos foram colhidos na cidade e nem o total de arrais emitidas irregularmente. "São dados sigilosos que, por enquanto, não podem ser divulgados porque há uma investigação em andamento", afirmou.

Segundo Baptistella, desde o início da investigação, já houve a apreensão de habilitações, mas ele não informou quantas foram. De acordo com o capitão, foram feitas diligências e os depoimentos foram colhidos ontem. Ele não informou quando as investigações serão concluídas.

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