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Agrishow tenta superar o pessimismo do setor agrícola Estagnação industrial, menor consumo e recessão na Europa ameaçam feira Se o desempenho de 2011 for repetido, já será satisfatório, diz organização do evento, que termina sexta-feira ARARIPE CASTILHODE RIBEIRÃO PRETO A Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) começa hoje em Ribeirão Preto com a missão de superar os resultados de 2011, mesmo diante do ambiente econômico pouco favorável ao agronegócio. O evento acontece até sexta-feira. No ano passado, a feira movimentou R$ 1,7 bilhão em negociações de máquinas, tecnologias e insumos agrícolas. Repetir esse patamar em 2012 é uma meta apontada como satisfatória. Embora afirmem que é possível ampliar o valor negociado, organizadores e entidades do setor não escondem um certo pessimismo sobre a perspectiva. "Se o faturamento for igual ao do ano passado já vamos achar muito bom.", disse o presidente da Agrishow, Maurilio Biagi Filho. Para ele, o clima de incerteza se deve, principalmente, aos sinais de desaceleração da economia, que podem influenciar na confiança do empresário na hora de investir. Entre esses sinais está o quadro de estagnação da indústria, motivado, por exemplo, pelo enfraquecimento da demanda estrangeira e o consumo interno menor, além da recessão em nações da Europa e a desaceleração da China. "A euforia não é a mesma de 2011", afirmou. Mesmo nesse ambiente, a feira vai superar a edição anterior em expositores e tende a atrair mais investimentos nos próximos anos. Ex-presidente da Agrishow e hoje no comando da SRB (Sociedade Rural Brasileira), Cesário Ramalho se diz confiante no evento, mas concorda com Biagi Filho sobre a dificuldade de superar o R$ 1,7 bilhão de 2011. "Só de não cair o faturamento já é bom." O presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Luiz Aubert Neto, diz acreditar ser possível ampliar e até alcançar a cifra de R$ 2 bilhões, desde que as condições climáticas ajudem: "Se não chover e os visitantes puderem aproveitar a feira, acredito que dá para chegar [a R$ 2 bilhões]." Para Patricia Milan, diretora-executiva da Abag-RP (Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto), mesmo diante da situação atual o setor deve aproveitar e se estruturar para cenários favoráveis. Ela destaca, por exemplo, a produção sucroalcooleira. "Apesar de o curto prazo demandar cautela devido às dificuldades enfrentadas pela cadeia sucroenergética, isso não diminui a significância da Agrishow", disse. Segundo ela, investir em inovações "é essencial para manter a competitividade em cenários adversos e se estruturar para novos avanços em cenários positivos". Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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