Fabricante de máquinas prevê 2012 de estabilidade

	Silva Junior/ Folhapress
	Colheitadeira de café exposta na Agrishow, em Ribeirão Preto; após chuvas, feira volta hoje a ter demonstrações de campo

Fabricantes de máquinas agrícolas preveem estabilidade no segmento em 2012, mas projetam alta para o futuro com a entrada em vigor de incentivos para o setor e até com o fim da queima da cana, em 2014.

Ontem, na Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão, Concorrentes, Case e Valtra destacaram lançamentos de máquinas e a aposta na oferta de linhas completas aos produtores.

Segundo executivos dos grupos, as vendas de tratores, plantadeiras e colheitadeiras para grãos e cana devem permanecer no mesmo patamar de 2011, quando foram vendidas 65 mil unidades no atacado no mercado interno -50 mil tratores, ao menos 5.000 colheitadeiras de grãos e mil, de cana.

Na comparação entre 2011 e 2010, houve queda de 4,7% no total de unidades vendidas, diz a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Apesar de afirmar que deve haver estabilidade, o diretor comercial da Valtra, Paulo Beraldi, disse que programas governamentais de incentivo à compra de máquinas podem incrementar levemente as vendas, principalmente de tratores menores.

"Talvez o número de tratores seja um pouco maior, entre 52 mil e 53 mil", disse.

As colheitadeiras de cana devem ter alta nas vendas em até três anos, principalmente por causa do protocolo agroambiental assinado pelo Estado e usinas, que prevê o fim da queima da cana até 2014 nas áreas mecanizáveis.

De acordo com executivos da Case, o total de colheitadeiras de cana vendidas no país deve saltar de 1.000 ao ano para algo entre 1.400 e 1.600 até 2014.

Após um primeiro dia chuvoso, o sol de ontem em Ribeirão fez a Agrishow confirmar para hoje a reativação da área de dinâmicas de campo, que havia sido suspensa devido ao clima. A feira termina na sexta. (ARARIPE CASTILHO)