'Cowork' já atrai empresários do interior

Uma nova tendência no mundo corporativo começa a fazer sucesso no interior de São Paulo: o "coworking", ou escritórios compartilhados.

O modelo reúne profissionais de diferentes áreas que preferem fugir das burocracias de um escritório comum.

A escolha pelo "cowork" é por economia: o profissional paga um valor, calculado por um período de tempo, para usar o espaço. Geralmente, os contratos são mensais -os pacotes variam entre R$ 100 e R$ 2.500.

No "cowork", o profissional tem à sua disposição secretária, internet, sala de reuniões, telefone e até café -tudo mantido pela empresa que oferece o serviço.

Já há empresários que abandonaram já o escritório convencional. Foi o caso de Carlos Raphael Ribeiro, 31, que migrou sua empresa de comunicação para o Globalhub, da empresária Salete Flores, 46. "Quando fechei o balanço mensal, até fiquei assustado. Minha despesa caiu em 60%", afirmou Ribeiro.

Outros profissionais, como o consultor de imóveis Thiago Lins, 31, procuraram o serviço após perceberem que não têm como trabalhar em casa. "Não dá para marcar reunião em meio a brinquedos de crianças", afirmou.

O "cowork" chegou ao Brasil em meados de 2009. No interior é ainda mais recente: o modelo existe ainda em São José do Rio Preto, Bauru e Campinas há apenas um ano e meio. O Green Cowork, o primeiro de Ribeirão, foi aberto em novembro de 2011.

NICHOS NO INTERIOR

"Ainda há resistência no interior", disse Divaldo Daniel Dispti, 27, dono da Owzone Social Coworking, de Bauru. Apesar dessa opinião, o escritório de Dispti é o único num raio de 150 quilômetros daquela região.

Além da economia, Daniel Alves de Souza Mourão, 34, proprietário da 2Work, de Campinas, destaca que o modelo também permite ampliar a rede de relacionamentos.