Setor busca expandir em direção ao interior

Apesar de empresários do setor reconhecerem que o conceito de "cowork" ainda é desconhecido no interior paulista, o mercado tem se expandido para eles.

A 2Work, de Campinas, por exemplo, já tem como um de seus clientes a Vale do Rio Doce e também já traçou planos de expansão.

Após inaugurar uma filial na capital paulista, Daniel Alves de Souza Mourão, 34, dono da empresa, afirma que a próxima meta é São José dos Campos, no Vale do Paraíba.

"Também temos planos de de ir para Santos, mas o mercado de lá ainda é perigoso."

Segundo ele, o trabalho inicial, de vender o conceito do "cowork", foi difícil. "No interior, ainda era desconhecido", disse.

Camila Rosa de Souza, 26, abriu o primeiro "cowork" de Ribeirão Preto, o Green Cowork, em novembro de 2011.

Ela disse que o retorno financeiro chegou no mês passado. Hoje, a empresa conta com dez contratos.

A empresária Salete Flores, 46, decidiu investir na abertura da Globalhub Coworking após perceber potencial de mercado em Ribeirão.

"Eu ia montar em São Paulo, mas lá eu seria mais uma. Fiz uma pesquisa de mercado e constatei que Ribeirão e as 80 cidades da região têm potencial", afirmou.

A empresária, que abriu a empresa há dois meses, investiu cerca de R$ 800 mil e tem hoje 20 clientes.

Já Guilherme Oliveira, 32, dono da InWork, de São José do Rio Preto, planeja abrir uma franquia da sua empresa em Três Lagoas (MS).

Ele conta que, apesar da expansão, percebe que a maior parte dos profissionais quer possuir seu escritório próprio -mesmo que, para isso, tenha que passar por dificuldades financeiras nos primeiros meses devido ao custo operacional.