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Organização da feira do livro culpa PM

Após três tumultos, presidente da fundação que organiza evento de Ribeirão Preto afirma que faltou policiamento

Pesquisa será feita para saber se população apoia shows na feira; polícia diz que houve 'apoio incondicional'

GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO

A presidente da Fundação Feira do Livro de Ribeirão Preto, Isabel de Faria, afirmou que faltou policiamento durante a última edição do evento, que terminou na semana passada com um saldo de três confrontos entre adolescentes e a Polícia Militar.

"É preciso melhorar a segurança. Os policiais deveriam fazer um cerco melhor nas ruas de acesso ao evento", afirmou Isabel durante entrevista coletiva realizada ontem na prefeitura.

Em nota, a PM informou que se reuniu com a presidente e que houve "apoio incondicional" da corporação.

Os tumultos aconteceram durante a noite. O primeiro deles ocorreu após uma discussão que começou dentro do Theatro Pedro 2º.

Os outros dois foram registrados depois dos shows, o que provocou críticas contra a realização de apresentações musicais em evento literário.

"Houve uma tentativa de desestabilização da feira. Eu acho que não se deve tirar o show e sim, montar uma estrutura mais organizada, com shows que terminem às 22h".

De acordo com a presidente, a Fundação cogita levar shows para dentro dos Estúdios Kaiser de Cinema.

Isabel também criticou o fato de bancas de revistas e bares do centro venderem bebidas alcoólicas a adolescentes nos 11 dias do evento.

"Alguém tinha que fazer isso parar. A fundação não pode dar conta de tudo", disse ela, ao lado da prefeita Dárcy Vera (PSD) -a administração municipal é uma das responsáveis pela fiscalização de consumo de bebida alcoólica por menores de idade.

Depois da entrevista, o secretário Luchesi Júnior (Casa Civil) afirmou que Isabel deveria ter denunciado o caso à prefeitura. "Pelo que sei, não recebemos nada", afirmou.

Isabel foi taxativa em dizer que todas as atividades da feira continuarão gratuitas.

PESQUISA

Por causa da repercussão dos tumultos na feira, a fundação contratou por R$ 10 mil a empresa Factual Pesquisas, de São Carlos, para saber se a população apoia a realização de shows musicais na edição do ano que vem.

A pesquisa, que será finalizada na semana que vem, começou a ser feita na feira.

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