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Em Batatais, umidade ameaça acervo milionário

DE RIBEIRÃO PRETO

Sem cuidados apropriados, infestadas por cupins e, atualmente, expostas à umidade, um conjunto de 21 obras sacras de Candido Portinari está se deteriorando na igreja Bom Jesus da Cana Verde, em Batatais.

Se estivessem em bom estado de conservação e se fossem vendidas em conjunto, as obras poderiam alcançar o valor de R$ 139 milhões, segundo James Lisboa, um dos mais reconhecidos leiloeiros do país.

De acordo com ele, não dá para estimar o valor de depreciação das obras de Portinari devido ao mau estado de conservação.

"É preciso analisar obra por obra. Se houver uma umidade no rosto de um retrato, a depreciação é maior do que se for uma mancha em uma área de paisagem opaca", explica.

As 21 obras já têm um projeto de restauro pronto há três anos, mas ele ainda não foi posto em prática.

No final do mês de fevereiro, reportagem da Folha revelou a existência de um impasse entre o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a Prefeitura de Batatais e a Arquidiocese de Ribeirão Preto no processo de restauração das obras.

Por causa do imbróglio, em abril a Assembleia Legislativa pediu ao governo do Estado de São Paulo -por meio de sua Comissão de Educação e Cultura- que encontre uma solução para viabilizar o processo de restauração.

O acervo de Portinari é um dos responsáveis pela transformação de Batatais em estância turística.

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