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Trânsito violento faz Franca adotar câmeras

Sistema de monitoramento é inédito no município e visa diminuir mortes; em 2011, trânsito matou 52 pessoas

Para especialista, medida deve demorar para surtir efeito, já que as câmeras não terão função de multar

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Com 52 mortes no trânsito em 2011 -maior índice entre cidades com até 400 mil habitantes no Estado-, Franca decidiu instalar 15 câmeras para monitoramento do tráfego em vias do centro. A medida é inédita na cidade.

Entre as vias com monitoramento estão a Brasil, a Presidente Vargas, a Major Nicácio e a Hélio Palermo.

Os equipamentos, já instalados, entram em operação em agosto. Posteriormente, além do trânsito, os aparelhos devem auxiliar no combate a roubos e furtos.

Cada câmera custou aproximadamente R$ 83 mil aos cofres da prefeitura. Uma central de monitoramento 24 horas por dia também está em fase final de instalação.

As 52 mortes no trânsito -média superior a quatro por mês-, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública, colocam Franca com total próximo ao de Ribeirão, município que tem cerca de 300 mil habitantes a mais (veja quadro nesta página).

Todo o sistema custará aos cofres municipais R$ 1,25 milhão. Sobre postes de 15 m de altura, as câmeras não terão a função de multar, segundo o secretário da Segurança de Franca, Sérgio Buranelli.

"Fizemos uma medição e constatamos as avenidas mais movimentadas da cidade para que fossem instalados os equipamentos", afirmou Buranelli.

MOTORISTAS

Para o secretário, a culpa do alto índice de mortes no trânsito do município é dos motoristas.

"Dependendo do resultado da instalação, a intenção é colocar mais câmeras no futuro para tentar diminuir ainda mais os índices", afirmou Buranelli ontem.

Já o especialista em trânsito e professor universitário Creso de Franco Peixoto afirmou que parte da culpa é do motorista, mas que é preciso um conjunto de ações para melhorar o fluxo e, consequentemente, a educação no trânsito de municípios de pequeno e médio portes.

"É preciso melhorar o transporte público e dar mais segurança para as pessoas andarem a pé. O fato de não ter função de multar torna o efeito das câmeras mais lento, de médio prazo", afirmou o especialista.

(WOLFGANG PISTORI)

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