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Com seca, racionamento de água já é adotado na região Viradouro corta fornecimento; bairros de Ribeirão relatam desabastecimento Não chove há 34 dias em cidades do nordeste paulista; cachoeiras de Altinópolis secaram antes do tempo previsto JULIANA COISSIDE RIBEIRÃO PRETO Com o tempo seco e sem chover há 34 dias seguidos, cidades da região de Ribeirão Preto têm dificuldade em captar água para abastecimento e algumas já fazem racionamento de água. Em Viradouro, a prefeitura decidiu interromper o abastecimento por duas horas por três dias da semana -nas madrugadas de sábado, domingo e segunda. O fornecimento de água é cortado para encher os reservatórios, segundo o prefeito de Viradouro, Paulo Camilo Guiselini (PSBD). "O córrego [usado para captar água] já está com nível baixo e a vazão está mais fraca", disse. A decisão faz os moradores sentirem a falta de água no início da manhã. O volume de água está menor também em outros rios da região, como em Franca. No córrego Pouso Alegre, responsável por 20% da água usada na cidade, a vazão do leito -antes de 750 litros por segundo- hoje está em 220. Na barragem, a água do rio já parou de transbordar, uma cena que normalmente só é vista entre final de agosto e início de setembro. "Agosto sempre é mais seco, mas neste ano está pior", disse o gerente distrital da Sabesp de Franca, Rui Engracia Garcia Caluz. Ainda não há desabastecimento na cidade, diz Caluz, mas o risco existe porque o forte calor, que leva ao aumento de consumo de água, ainda não chegou à cidade. SEM CHUVA Não chove desde o dia 18 de julho nas cidades de Ribeirão, Franca, Araraquara e Barretos, segundo dados da Defesa Civil do Estado. Para Ribeirão, agosto costuma ter uma média de chuvas de 21,8 mm, mas até agora não registrou nada. Pior: há 20 dias, o consumo de água cresceu de 30% a 40%, de acordo com dados do Daerp (órgão municipal de água e esgoto). Há bairros com queixas pontuais de pouca água disponível nas torneiras ou mesmo falta de abastecimento por algumas horas. Isso ocorre na Vila Tamandaré, no Jardim Paulistano e em alguns pontos do bairro Heitor Rigon. Com a estiagem, as cachoeiras da região que atraem turistas estão secas. É o caso da cachoeira do Itambé, de 45 metros de altura, em Altinópolis. Das 33 cachoeiras e quedas d'água da cidade, 12 secaram completamente. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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