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Aliados defendem Dárcy no caso Coderp

Na Câmara, parlamentares justificam aumento de mais de 200% nos recursos da prefeitura destinados à empresa

Vereador do PMDB, que controla a Coderp desde 2009, direciona críticas ao governo anterior, do tucano Gasparini

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Os vereadores da base de apoio da prefeita Dárcy Vera (PSD) foram à tribuna da Câmara na noite de ontem para defender investimentos feitos pela Coderp (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto).

Reportagem da Folha do último sábado mostrou que as empresas Atmosphera e Tecmaxx -pertencentes a mãe e filho e controladas pela mesma pessoa- disputaram entre si e venceram ao menos quatro licitações.

Com base no texto, o Ministério Público Estadual instaurou um inquérito.

Samuel Zanferdini (PMDB) e Capela Novas (PPS) afirmaram que apoiam a abertura de investigação pela Promotoria em contratos da Coderp, mas direcionaram críticas à gestão do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB).

Zanferdini, do partido que comanda a Coderp desde 2009, disse que aprova a instauração do inquérito por acreditar que a Promotoria vai realizar apuração de forma isenta e transparente.

Para justificar o recorde de recursos repassados à companhia -aumentou 218% desde 2008-, ele listou investimentos da Coderp na gestão. Comparou a atual situação da empresa com a do governo Gasparini. "No passado, a Coderp era só nome. Hoje, ela funciona".

O peemedebista afirmou ainda que o primeiro contrato da Atmosphera com a Coderp se deu no governo tucano, em 2006. Também da base aliada, Maurilio Romano (PP) disse que a Coderp fez os investimentos para recuperar o "tempo passado" -em menção ao governo anterior.

Como Zanferdini, ele listou investimentos da companhia.

A reportagem não conseguiu ouvir Gasparini. Como a Folha publicou ontem, o ex-superintendente da Coderp na gestão do tucano, Ruy Salgado Filho, disse que entregou a companhia 'no azul', que cumpriu a lei de licitações e o atual alvo de denúncias é na gestão da prefeita.

DAERP

Ainda na sessão de ontem, Silvana Resende (PSDB) teve negado um requerimento que pedia a instalação de uma CEE para apurar atos do Daerp. A negativa gerou bate-boca com Walter Gomes (PR).

Depois de ela ter falado na tribuna que ouviu "histórias de mensalinho no Daerp", Gomes chegou a acusá-la de quebra de decoro. Ao fim da sessão, porém, disse que não levará adiante essa acusação, mas que vai à Promotoria pedir apuração da denúncia que a tucana terá de provar.

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