Índice geral Ribeirão
Ribeirão
Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Seca provoca veto a queimadas na região

Cetesb proibiu fogo em canavial nos últimos três dias; final de semana teve recorde de tempo seco em Ribeirão

Consumo de água na cidade cresceu 40%; previsão do Inmet diz que não deve chover até domingo

Edson Silva/Folhapress
Lagoa na zona leste de Ribeirão, em área de recarga do aquífero Guarani, com o nível abaixo do normal por causa da falta de chuva
Lagoa na zona leste de Ribeirão, em área de recarga do aquífero Guarani, com o nível abaixo do normal por causa da falta de chuva

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Sem chover em Ribeirão Preto há 46 dias, a umidade do ar caiu para 15% neste fim de semana, o nível mais baixo do ano, e provocou até a suspensão das queimadas noturnas da cana-de-açúcar.

Por causa da estiagem, a queima, inclusive durante a madrugada, foi proibida nos últimos três dias pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

Durante o dia, a queima já é vetada na estiagem -de junho até o final de novembro. A proibição também na madrugada acontece quando a umidade ao longo do dia anterior fica abaixo dos 20%, como tem sido desde sexta.

E a proibição deve se estender hoje. Isso porque a umidade ontem chegou à mínima de 16% durante a tarde.

CONSUMO DE ÁGUA

No sábado, a umidade do ar caiu para 15% às 16h no município. No domingo e ontem, o tempo continuou seco: com 16%. Para piorar a situação, a cidade também registrou um dia quente -a temperatura chegou a 37,8ºC.

A falta de chuvas, associada ao forte calor, preocupa as prefeituras, por causa do aumento do consumo de água.

Segundo o Daerp (Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto), o consumo de água cresceu até 40% desde agosto. Algumas prefeituras, como a de Viradouro, já fazem racionamento de água.

Sem rede de água, assentados da Fazenda da Barra sofrem com a falta de poços e dependem do fornecimento por caminhões-pipa.

Quatro dos dez poços prometidos pelo Incra chegaram a ser perfurados, mas ainda não funcionam, diz o assentado Vitor Donizete Ribeiro.

"E o pior é que o caminhão-pipa do Daerp quase não aparece aqui e tem gente pagando do bolso até R$ 20 para particulares trazerem água."

É o caso de José Aparecido Esquisário, 54. Há nove anos na Barra, diz que é a pior estiagem que já enfrentou.

Ele paga até cinco caminhões-pipa por semana para abastecer a casa e alimentar seu galinheiro.

Procurado pela Folha, o Incra não se manifestou.

Não há previsão de chuvas na região ao menos nesta semana, diz o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Veja galeria de fotos

folha.com.br/fg9891

Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.