Outro lado

Defesa quer equiparar a situação de envolvidos no caso à de Palocci

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO

Os advogados dos suspeitos de envolvimento com a "Máfia do Lixo" disseram que não foram notificados da decisão do TJ e que, entre as medidas a serem tomadas, está a equiparação dos suspeitos à situação de Palocci, absolvido pelo STF.
Alamiro Velludo Salvador Netto, advogado do ex-prefeito Gilberto Maggioni (PTB) e de Nelson Colela Filho, disse que irá buscar a equiparação da decisão judicial.
"A denúncia foi baseada em depoimentos confusos, em que cada hora se dizia uma coisa. A ideia é que o processo seja igualado ao do Palocci", disse.
Já o defensor de Luiz Cláudio Leão e Carlos Ferreira Leão, Alberto Zacharias Toron, afirmou que, depois de notificado, irá analisar um recurso em instância superior ou um pedido de habeas corpus. "A própria justiça de Ribeirão já julgou ilícita e ilegal todas as provas colhidas."
Donizeti de Carvalho Rosa, ex-vereador de Ribeirão Preto pelo PT e marido de Isabel Bordini, afirmou que a mulher não irá se manifestar.
Na época, ele ocupava o cargo de secretário de Governo.
"Essa é uma questão discutida há tempos, e as declarações não foram sustentadas", disse ele, referindo-se ao advogado Rogério Buratti, ex-presidente da Leão Ambiental, que fez a denúncia e, dois anos depois, recuou.
Wilney Barquete afirmou à Folha que não sabia da decisão do TJ e que, por esse motivo, não iria se pronunciar.
Procurado a pedido de Barquete, seu advogado, Renato Martins, não foi encontrado ontem pela reportagem.
Luiz Carlos Altimari e Luciana Muscelli Alecrim também foram procurados por telefone, mas não foram encontrados na tarde de ontem.