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Câmara deve instaurar CPI sobre casas da Cohab

Suspeitos prometem entregar, por até R$ 3 mil, moradias de conjunto

Autor da proposta diz já ter 11 assinaturas de vereadores, número suficiente para aprovar criação de comissão

DE RIBEIRÃO PRETO

A Câmara de Ribeirão Preto deve aprovar na semana que vem a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre um suposto esquema de venda de casas populares na cidade.
Até agora, o que existe são pessoas investigadas por suspeita de estelionato, que afirmam ter contatos capazes de fraudar o sorteio das moradias em Ribeirão.
Os suspeitos prometiam entregar, mediante pagamento de até R$ 3.000, casas do conjunto Paulo Gomes Romeu, construído pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e com destinação mediada pela Cohab-RP (Companhia Habitacional Regional de Ribeirão Preto).
Há gravações em que os supostos estelionatários conversam com pessoas que tentavam se beneficiar da fraude, antecipando o benefício.
O vereador Walter Gomes (PP), autor da proposta da CPI, afirmou que a Câmara tem "total interesse" em investigar o caso, até porque parlamentares da cidade são envolvidos nas gravações -sem nomes até o momento.
Gomes afirmou que a CPI deve ser aprovada porque já foram reunidas 11 assinaturas de vereadores favoráveis à instauração da comissão. A Casa tem 20 parlamentares.
Esse tipo de atividade na Câmara requer maioria simples do plenário para vigorar.
Na última terça-feira, duas suspeitas de estelionato foram parar na delegacia, mas foram liberadas em seguida. A Polícia Civil instaurou inquérito sobre o caso e o Ministério Público também vai acompanhar. Elas só irão se pronunciar em juízo, segundo a advogada Maíra Ferreira Teles.
A Cohab disse ser vítima no caso e que o nome da empresa era usado indevidamente pelos suspeitos, mas que, ainda assim, vai investigar o envolvimento de funcionários.

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