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Câmbio leva estudantes para a Austrália
Enquanto o dólar australiano vale R$ 1,48, a moeda norte-americana vale R$ 2,31, o que aumenta gasto de intercâmbio
Segundo o Consulado da Austrália, a presença de estudantes brasileiros no país cresceu 22,2% entre 2007 e o ano passado
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O clima tropical e a hospitalidade do povo australiano atraíram a farmacêutica Thaís de
Castro Ferezin, 21, ávida para
sair do país e estudar inglês.
Mas o que pesou na decisão dela para embarcar para a Oceania foi o custo da viagem. Enquanto o dólar australiano custa R$ 1,48, a moeda americana
está valendo R$ 2,31.
A alta do dólar americano,
iniciada em setembro de 2008,
alterou a rota de destino dos jovens da região de Ribeirão que
buscam o exterior para estudar
inglês. Os EUA, sempre em primeiro lugar na preferência de
estudantes, divide espaço com
Austrália, Canadá, Nova Zelândia e África do Sul. Cada um
tem sua moeda, que subiu menos que o dólar americano.
A valorização do dólar, desde
1º de setembro, foi de 40,8%
-passou de R$ 1,64 para o patamar atual-, enquanto a moeda
australiana subiu apenas 6,47%
-valia R$ 1,39.
Dados o Consulado da Austrália mostram que a presença
dos estudantes brasileiros no
país cresceu 22,2% entre 2007
e o ano passado.
O crescimento deve ser ainda
maior, já que o consulado ainda
não fechou dados de dezembro.
Em todo o ano de 2007, 12.541
brasileiros deixaram o país para estudar na Austrália. De janeiro a novembro de 2008, foram 15.331 alunos, tanto para
cursos de inglês -aproximadamente 60% do total- quanto
para graduação, pós-graduação
e especializações em geral.
O pacote de um mês de curso
de inglês nos EUA, que inclui
acomodação em casa de família, custa hoje R$ 6.430. O mesmo curso na Austrália sai por
R$ 4.810. Para a Nova Zelândia,
o valor é mais baixo: R$ 3.800.
A diferença do preço, afirmam os agentes de turismo,
não influencia no curso de idiomas. "Os professores são graduados na Inglaterra, o ensino
tem a mesma qualidade tanto
nos EUA quanto na Nova Zelândia. O que muda é o sotaque", disse Ana Paula Negri, supervisora da CI, também especializada em intercâmbios.
Enquanto as operadoras do
turismo internacional têm sofrido com a alta do dólar, os pacotes nacionais têm apresentado crescimento, de acordo com
a Avirrp (associação das agências de viagem).
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