Ribeirão Preto, Domingo, 01 de Fevereiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Câmbio leva estudantes para a Austrália

Enquanto o dólar australiano vale R$ 1,48, a moeda norte-americana vale R$ 2,31, o que aumenta gasto de intercâmbio

Segundo o Consulado da Austrália, a presença de estudantes brasileiros no país cresceu 22,2% entre 2007 e o ano passado

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

O clima tropical e a hospitalidade do povo australiano atraíram a farmacêutica Thaís de Castro Ferezin, 21, ávida para sair do país e estudar inglês. Mas o que pesou na decisão dela para embarcar para a Oceania foi o custo da viagem. Enquanto o dólar australiano custa R$ 1,48, a moeda americana está valendo R$ 2,31.
A alta do dólar americano, iniciada em setembro de 2008, alterou a rota de destino dos jovens da região de Ribeirão que buscam o exterior para estudar inglês. Os EUA, sempre em primeiro lugar na preferência de estudantes, divide espaço com Austrália, Canadá, Nova Zelândia e África do Sul. Cada um tem sua moeda, que subiu menos que o dólar americano.
A valorização do dólar, desde 1º de setembro, foi de 40,8% -passou de R$ 1,64 para o patamar atual-, enquanto a moeda australiana subiu apenas 6,47% -valia R$ 1,39.
Dados o Consulado da Austrália mostram que a presença dos estudantes brasileiros no país cresceu 22,2% entre 2007 e o ano passado.
O crescimento deve ser ainda maior, já que o consulado ainda não fechou dados de dezembro. Em todo o ano de 2007, 12.541 brasileiros deixaram o país para estudar na Austrália. De janeiro a novembro de 2008, foram 15.331 alunos, tanto para cursos de inglês -aproximadamente 60% do total- quanto para graduação, pós-graduação e especializações em geral.
O pacote de um mês de curso de inglês nos EUA, que inclui acomodação em casa de família, custa hoje R$ 6.430. O mesmo curso na Austrália sai por R$ 4.810. Para a Nova Zelândia, o valor é mais baixo: R$ 3.800.
A diferença do preço, afirmam os agentes de turismo, não influencia no curso de idiomas. "Os professores são graduados na Inglaterra, o ensino tem a mesma qualidade tanto nos EUA quanto na Nova Zelândia. O que muda é o sotaque", disse Ana Paula Negri, supervisora da CI, também especializada em intercâmbios.
Enquanto as operadoras do turismo internacional têm sofrido com a alta do dólar, os pacotes nacionais têm apresentado crescimento, de acordo com a Avirrp (associação das agências de viagem).


Texto Anterior: Idosos precisam exercitar tanto o corpo quanto a mente, afirma médico da USP
Próximo Texto: Jovens vão à Austrália pelo baixo custo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.